Infância Urgente

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Bate Papo com Ládio Veron sobre a Retomada Guarani-Kaiowá – uma história de luta, violencia e assassinatos de lideranças

A situação dos indígenas no Brasil desde a chegada dos portugueses tem sido a mesma, a história dos povos indígenas sempre foi marcada de muita violência e morte.



“Os Kaiowá e Guarani, até há algumas décadas, ocupavam, ainda, centenas de aldeias, no Mato Grosso do Sul, dispersas em um território bastante amplo, situado entre o rio Apa (Bela Vista), Serra de Maracaju, rio Brilhante, rio Ivinhema, rio Paraná, rio Iguatemi e fronteira com o Paraguai. As primeiras interferências externas recentes em seu território ocorrem durante a Guerra do Paraguai e, especialmente, a partir da década de 1880, quando se instala na região a Cia. Matte Larangeiras, iniciando um processo de ocupação do território por sucessivas frentes não-indígenas. Sendo que o trabalho de exploração da erva, por parte da Cia Matte Larangeiras, não fixou colonos, embora seja responsável pelo deslocamento de inúmeras famílias indígenas, não questionou a posse do território por parte dos Kaiowá/Guarani.


De 1915 a 1928, o Governo Federal demarcou para usufruto dos índios Kaiowá/Guarani um total de oito reservas, perfazendo 18.124 ha. Inicia-se, então, um processo compulsório de confinamento dentro das reservas demarcadas, das diversas aldeias e grupos macrofamiliares, localizados em todo este imenso território. Com a implantação da Colônia Agrícola Nacional , por Getúlio Vargas, a partir de 1943, em pleno território de inúmeras aldeias kaiowá e, a partir de 1950, com a instalação das fazendas de gado, tem-se a ocupação definitiva da totalidade do território tradicional pelas frentes de ocupação não-indígena.”



Hoje as terras dos Guarani-Kaiowa tem sido invadida por Usinas de Cana de Açúcar, que derrubam em um dia 50km de mata para plantar cana, algumas dessas empresas como a Bungue, que já destruiu o cerrado piauiense, tem destruído as terras indígenas.



Essa situação levou ao assassinato do Cacique Veron, no município de Juti, região de Dourados em 2003, que demonstrou que a região virou um barril de pólvora contra os indígenas em suas próprias terras.



Essa e outras situações, bem como pensar a questão indígena no Brasil, será a proposta do bate papo hoje, com Ládio Veron e outros.



Local: Auditório da Apropuc - Rua Bartira, 407 – Perdizes

Horário: 18:00 às 20:30



Organização: Apropuc, CIMI, Revista Debate Socialista, Tribunal Popular, Rede Grumin de Mulheres, Movimento Indígena Revolucionário



Apoio: CRP, Pastoral Indigenista, Programa Pindorama

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