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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Expedição Kaiowá-Guarani percorre aldeias de MS na busca por justiça aos povos indígenas

Publicada quinta-feira, 19 de janeiro de 2012, às 13:03

http://www.agorams.com.br/jornal/2012/01/expedicao-kaiowa-guarani-percorre-aldeias-de-ms-na-busca-por-justica-aos-povos-indigenas-2/

Cobrar a demarcação das terras indígenas Kaiowá-Guarani, pedir justiça para os assassinatos dos caciques e líderes indígenas que não prescreveram e denunciar as perseguições e as mortes dos professores indígenas. Esses são alguns dos objetivos da Expedição Kaiowá-Guarani, uma missão organizada por ativistas de diferentes áreas e lideranças, que desde o dia 11 de janeiro percorre aldeias e acampamentos indígenas.

Dourados foi escolhido como ponto de partida da expedição, que deve terminar no dia 24/01 - Foto: Expedição Kaiowá-Guarani MS

Dourados foi escolhido como ponto de partida da expedição, que deve terminar no dia 24/01 - Foto: Expedição Kaiowá-Guarani MS

O município de Dourados foi escolhido como ponto de partida da expedição, que deve terminar no dia 24/01. A meta, é produzir relatórios e vídeos que documentem a situação de vulnerabilidade, conflitos, mortes e perseguição. Além disso, todas as ações realizadas pelo grupo serão acompanhadas por Guaranis da região, que serão responsáveis pelo acolhimento da equipe.

Dentre as entidades que participam da missão, estão o Conselho Federal de Psicologia (CFP), representado pelo seu coordenador da Comissão de Direitos Humanos, Pedro Paulo Bicalho, o Conselho Regional de Psicologia 14ª Região MS (CRP14), e o Comitê Nacional de Defesa dos Povos Indígenas de Mato Grosso do Sul (Condepi), ambos representados pelo conselheiro Carlos César Coelho Netto.

Bicalho informou que, trazer a questão indígena como pauta para a Psicologia brasileira, é um dos objetivos da Comissão de Direitos Humanos do CFP nos próximos anos. “Quando falamos em Psicologia e Direitos Humanos, é mais fácil pensar em prisões, em internação por uso de drogas, porque são questões onde a psicologia brasileira já está atuando”, pontua.

O atraso na demarcação de terras indígenas e a ausência de políticas efetivas do Estado é o principal motivo para o massacre cultural dos Kaiowá Guarani, povo indígena que apresenta as maiores taxas de assassinatos e suicídios no Brasil. A organização da expedição é do Tribunal Popular, uma articulação de entidades e movimentos sociais que vêm, desde 2008, unindo esforços para denunciar as violações dos direitos humanos promovidos pelo Estado brasileiro e sua lógica de criminalização da pobreza e das diferentes formas de organização popular.

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