Todos se lembram dos atentados ocorridos em 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, mas existe outro 11 de setembro que poucos recordam. Neste dia do ano de 1973 o imperialismo aliado à burguesia chilena patrocinou o golpe de Estado que deu início à ditadura de Pinochet, responsável oficialmente por 40 mil mortos, e mais por uma imensidade de prisões, desaparecimentos e torturas. É dessa ditadura que o Chile herdou um regime que só legalizou o divórcio em 2003, em que ser homossexual era crime até 1998, a educação segue completamente privatizada, e o terror dos fuzilamentos públicos da ditadura segue pesando sobre os que lutam contra isso e por seus direitos, como mostra a repressão brutal da polícia de Piñera às manifestações por educação gratuita, assassinando Manuel Gutierrez, um jovem de 16 anos.
A luta dos estudantes chilenos pela educação, que já dura 3 meses, é um exemplo para a juventude do Brasil, onde o vestibular exclui 6 de cada 7 jovens da universidade e o governo Dilma, mesmo que com um discurso mais demagógico que o de Piñera, sucateia completamente as universidades federais e transfere centenas de milhões diretamente às contas dos grandes monopólios privados do ensino através do PROUNI.
A UNE, cuja direção do PCdoB está junto com esse governo, organizou marchas e reuniões com Camila Vallejo, figura em grande evidência e personificação da direção estudantil burocrática do PC chileno, para aparecer como apoiadora da luta dos estudantes chilenos. Na verdade, enviam uma comitiva de seus parlamentares para negociar migalhas com Piñera e retroceder a mobilização.
Em meio a diversas greves e ocupações estudantis nas universidades federais, o verdadeiro apoio à luta dos estudantes chilenos só pode vir de quem combate os ataques desse governo à educação, lutando aqui, como os jovens de lá, contra os lucros dos monopólios, por educação pública, gratuidade, de qualidade, e para todos!
Por isso, nós do Bloco ANEL às Ruas chamamos os estudantes em luta na UNIFESP, as entidades estudantis ligadas à UNE que não seguem essa política governista, como o DCE da USP, e a ANEL, que organiza a oposição à UNE e precisa estar à frente dessa política, a construirmos em comum um ato nesse 11 de setembro, tal como faremos no Rio de Janeiro, levando nosso apoio aos estudantes chilenos contra a educação de Pinochet, e tomando seu exemplo!
Todos ao ato em apoio à luta dos estudantes chilenos! 11/9, às 14h, no Vão Livre do MASP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário