Infância Urgente

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sobre a doação casada

O Conanda na sua última assembléia depois do debate do dia 20/02, decidiu não tomar posição ainda em relação ao ponto mais polêmico em relação a resolução dos Fundos da Infância e adolescência, que é a possibilidade de acontecer doações casadas/direcionadas.

O que podemos entender disso, é que ainda paira a duvida do Conanda de se entender como órgão de estado e entender qual o papel do estado. Para que tenhamos a dimensão do que seria a doação casada/direcionada, seria a mesma coisa, que o prefeito,governador ou presidente abrir mão do seu papel para que principalmente a inciativa privada possa dizer para onde devem ir os recursos dos impostos arrecadados!

É mole? Não não é , infelizmente temos dessa ainda em nosso país e principalmente entre nós que lutamos e tentamos garantir o direito dos meninos e meninas. Não podemos ter duvidas em relação a construção de uma das políticas mais estratégicas de um país, transferindo ao grupos de interesses diversos, que se utilizam só da chancela de comprometimento social sem se preocupar, com planejamento, impessoalidade (como deve ser a aplicação do recurso público) e conseqüência da aplicação do recurso publico.

Se os empresários (principalmente), estão preocupados de fato com a boa utilização do recurso, existe duas formas de contribuir, a primeira utilizar todos os meios disponíveis para a fiscalização dos recursos públicos, principalmente aqueles que são utilizados em obra públicas, segundo os Conselhos estão abertos para todo o conjunto da sociedade, portanto através de órgão de representação empresarial, que tenha em seu Estatuto Social a defesa dos direitos da criança e do adolescente, podem participar dos conselhos, contribuindo e muito com métodos de planejamento , gestão, avaliação etc .

Esta sim, seria uma grande contribuição do empresariado, não tentando destinar recursos dos fundos para responder aos seus interesses e não aos interesses da infanto-adolescência.

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