Além dos 5 presos, mais policiais são procurados pela Corregedoria da PM. (Reprodução/Portal G1)
Em abril, mais de 20 pessoas foram mortas em várias cidades da Baixada.
Além dos 5 presos, mais policiais são procurados pela Corregedoria da PM.
Cinco policias militares foram presos na região de Santos, litoral de São Paulo. Eles são suspeitos de envolvimento na onda de crimes que matou mais de 20 pessoas em abril, em várias cidades da Baixada Santista.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Guarujá e Cubatão. A prisão de uma pessoa levou a esses três policiais nesta quarta-feira (2). E na madrugada desta quinta-feira (3), outros dois foram detidos. Os cinco PMs estão prestando esclarecimentos na Corregedoria da corporação.
"Se ficar comprovado, se tiver uma situação bem objetiva de um indício da participação, o delegado poderá representar pelo pedido da prisão temporária ou definitiva, de acordo com a necessidade. O que importa para nós é a transparência. É a sociedade saber que a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Ministério Público estão juntamente trabalhando para dar uma resposta e trazer uma segurança para a sociedade", declarou o porta-voz da Corregedoria da PM, o major Marcelo Nagy. Segundo ele, outros policiais também estão sendo procurados.
Histórico
No último dia 25 de abril, a reportagem do Fantástico mostrou que 23 pessoas tinham sido assassinadas em cerca de oito dias em toda a Baixada Santista, Litoral Sul de São Paulo. Segundo a polícia, na ocasião, a maioria das vítimas era formada por homens entre 18 e 30 anos, sem antecedentes criminais.
No Guarujá, por exemplo, onde foram registradas seis mortes na madrugada do dia 19 de abril deste ano, a violência mudou a rotina. Muitas escolas não tiveram aula durante aquela semana - segundo a prefeitura, por falta de alunos. A notícia de que traficantes haviam ordenado um toque de recolher fez ainda com que comerciantes de Vicente Carvalho, um distrito do Guarujá, baixassem as portas por dois dias seguidos.
Na ocasião, uma equipe do Fantástico percorreu durante quatro dias vários pontos da Baixada Santista. Ruas e praças que, mesmo à noite, costumavam ficar cheias de gente estavam vazias. No local, só a polícia. Mas mesmo com o policiamento reforçado, os crimes continuaram. Policiais militares apontaram uma origem comum para a sequência de crimes. No dia 23 de março deste ano, nove ladrões foram presos e muitas armas apreendidas. Houve troca tiros e um assaltante foi morto.
Por conta da onda de violência, o governo dos EUA publicou relatório no dia 23 de abril no qual recomendava aos seus cidadãos que planejavam visitar a costa sul do estado de São Paulo para que evitassem estas áreas até novo comunicado. O documento destaca os 13 assassinatos ocorreram nas vizinhanças da Praia Grande, Santos, São Vicente e Guarujá e que até policiais estavam entre as vítimas, apontando a atividade criminosa como sendo de "gangues".
Em resposta ao governo norte-americano, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou, por meio de nota, no dia 27 de abril, que a situação da segurança dos municípios do litoral paulista estaria sob controle.
Contudo, apenas no último dia 12 de maio o Consulado dos Estados Unidos em São Paulo emitiu comunicado oficial - assinado pelo chefe da seção consular David Meron - revogando a recomendação que havia sido feita, em relatório do dia 23 de abril, para que cidadãos daquele país evitassem viajar à costa sul do estado de São Paulo - Praia Grande, Santos, São Vicente e Guarujá - por conta da onda de violência.
Fonte: Portal G1
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