SÃO PAULO - Seja para comprar comida ou fumar crack, o fato é que milhares de crianças e adolescentes estão espalhados pelas rodovias federais brasileiras oferecendo os corpos por até R$ 2. No Brasil, há um ponto vulnerável à exploração sexual infantil a cada 26,7 quilômetros - isso considerando apenas os locais em que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já flagrou ou recebeu denúncia de menores de 18 anos submetidos à prostituição.
Mapeamento da PRF apontou a existência de 1.819 pontos "vulneráveis" para a exploração sexual de menores nas estradas. São postos de combustíveis, bares, boates, restaurantes ou mesmo acostamento. Trata-se da quarta edição do mapeamento feito pela PRF em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mas os dados gerais pouco variaram em relação à edição de 2007, com Minas Gerais e Rio Grande do Sul encabeçando a lista em número de pontos, com 290 e 217 respectivamente - os dois Estados, no entanto, têm grandes malhas viárias federais. Levando em conta quantidade e extensão das vias, os piores são Distrito Federal, Rio Grande do Norte e São Paulo.
A PRF agora vai utilizar os dados do mapeamento para dividir os locais em graus de vulnerabilidade, em parceria com o Instituto WCF Brasil. O resultado, desta vez, não será divulgado. "Achávamos que o conhecimento dos locais inibiria a atuação de criminosos. Mas constatamos que não inibiu e provocou migração para outros pontos", afirma o presidente da Comissão de Direitos Humanos da PRF-SP, Waldiwilson dos Santos. "Vamos manter sigilo para não atrapalhar as operações."
Mesmo após constatar a situação, a conexão com outros órgãos continua falha - somente a PRF tem o levantamento, impossibilitando cruzamento de dados. Das polícias rodoviárias estaduais, apenas a de Pernambuco manifestou interesse em fazer o mapeamento.
Pontos vulneráveis
A distribuição dos pontos vulneráveis à exploração sexual infanto-juvenil expõe conexões com as rotas dos viajantes e com bolsões de pobreza pelo País. Existem 290 áreas críticas apenas em Minas, e oito rodovias federais, incluindo as de maior tráfego - como a BR-040 e a BR-381, que ligam Belo Horizonte ao Rio de Janeiro e a São Paulo, respectivamente -, estão no mapa da prostituição. Em segundo lugar no ranking por Estados vem o Rio Grande do Sul, onde a preocupação é sobretudo com os postos de combustível.
Para o promotor José Carlos Fortes, o resultado mais importante dessas ações não é "processual". "A publicidade sobre a ação do Ministério Público (MP) inibe a prática desse tipo de crime pelos donos dos estabelecimentos e também pelos pais." Isso porque grande parte das crianças e adolescentes é levada para o comércio do sexo pela própria mãe que, geralmente, também foi explorada quando criança.
"A exploração sexual e a miséria também estão intimamente ligadas", destaca o promotor. "Enquanto não combatermos a miséria, que é uma questão de longo prazo, não resolveremos a questão da exploração." Segundo ele, os 290 pontos de vulnerabilidade levantados pela PRF coincidem com as periferias de cidades mineiras de médio porte. Já os serviços de assistência social da região metropolitana de Porto Alegre detectaram casos de prostituição de crianças de bairros pobres cortados pela BR-116. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Um comentário:
“escruzívio” NO CONSELHO TUTELAR DO BUTANTÃNão conhecemos uma só atuação do Conselho Tutelar do Butantã que ele tenha se posicionado firmemente a favor de aluno cujo direito tenha sido violado na escola
No entanto esse mesmo conselho coloca na parede uma notícia de Fernandópolis onde a mãe é processada por não mandar o filho para a escola .Justo Fernandópolis que é a cidade que mais viola direito de aluno e o Conselho Tutelar faz propaganda dessa violência ?
Estamos tentando ligar para lá tem dois dias. Hoje conseguindo falar com a Secretária que atendeu com um portugues super acidentado alegando que o telefone estava com defeito e “excrusivio” ontem é que foi consertado.
Então eu pedi que” excrusivi” eu queria falar com a Conselheira. Ela disse que pode apoiar a politica de Fernadópolis e pode apoiar quem quiser. Contestei dizendo que ela só pode apoiar direito e defesa de criança e adolescente e o ECA .
Se o Conselho Tutelar não pode garantir vaga para toda criança e adolescente e não pode garantir que ele não sofra violência e abuso, uma vez matriculado na escola, não pode apoiar punição contra mãe que não coloca seu filho na escola.
A Conselheira sem saber o que responder partiu para o ataque, alegando que eu estava embaraçando o trabalho do Conselho com minhas ligações e que estava se sentindo ameaçada e que ia me denunciar ao MP.
Entre outras coisas me acusou de ser preconceituosa.
Tive que explicar que meu preconceito e meu repúdio é contra o analfabetismo que é o flagelo do Brasil.
Nada contra contratar uma Secretária analfabeta para trabalhar no Conselho Tutelar, mas quem a contratou tem o dever de lutar para que ela deixe de ser analfabeta…Que um analfabeto ou semi analfabeto é mais cego que o deficiente visual físico…
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