Infância Urgente

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Movimentos exigem que governador dê explicações sobre a violência policial contra negros

Em Aula Pública de 13 de Maio, famílias de motoboys negros participarão de Ato Político-Cultural de centro de São Paulo



Na tarde desta terça-feira, 11 de maio, entidades do movimento negro protocolaram na Casa Civil do governo do estado, uma carta (em anexo) direcionada ao governador do estado de São Paulo, Alberto Goldman, na qual exige um pronunciamento público que explique as razões da violência sistêmica da Polícia Militar dirigida à população negra. Entre outras exigências, pede-se uma audiência imediata no Palácio dos Bandeirantes, com representantes do Movimento Negro e do Movimento de Direitos Humanos, o fim da repressão, mudanças no comando da Polícia Militar e em sua atuação e políticas de combate ao racismo e promoção da inclusão social dos negros.

Em 19 de Novembro de 2009, véspera do feriado da Consciência Negra, movimentos negros ocuparam a Secretaria de Justiça do Estado de SP para protestar contra a violência policial. Neste dia, foi protocolada a exigência de realização de Audiência Pública sobre o Genocídio da Juventude Negra e a Violência do Estado, com a presença do então Governador de SP, José Serra, além de seu Secretário de Segurança Pública, do Comandante-Geral da PM, da Delegada de Crimes Raciais e de representantes de organizações sociais. Jamais houve uma resposta.

A carta ao governador foi assinada pelas seguintes organizações: UNEafro-Brasil, Movimento Negro Unificado – MNU, Círculo Palmarino, Tribunal Popular, Núcleo de Consciência Negra na USP, Mães de Maio, Sujeito Coletivo USP, MTST, Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente de São Paulo.

ATO POLÍTICO CULTURAL

Para debater o assunto com a população, um conjunto amplo e representativo de organizações do movimento negro e de Direitos Humanos realizam nesta quinta-feira, 13 de Maio, uma aula pública na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo. Com o tema: “Mais um Maio sem Abolição, Crimes de Maio sem apuração”, a intenção é sensibilizar a sociedade para lutar contra o racismo. Entre outros ativistas e defensores dos direitos humanos, estão confirmadas as presenças dos familiares de Eduardo Luís Pinheiro dos Santos e Alexandre Santos, motoboys negros assassinados por policiais militares em São Paulo.

A aula terá início às 14 horas e será ministrada por palestrantes de diversos segmentos. Entre eles, Marcus Orione, juíz federal e professor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Profª Regina Lucia, do MNU, Profº Bas’ilele Malomalo, da Cladin-Unesp e o rapper Edy Rock, do grupo Racionais.



Contato:

Douglas Belchior – UNEafro Brasil (11) 7550-2800

Joselício Junior – Círculo Palmarino (11) 9840-7244

Milton Barbosa – Movimento Negro Unificado (11) 7395-9650

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