Infância Urgente

sábado, 25 de setembro de 2010

Qual é a Policia que queremos? Será que é a que temos?



Nesta semana, mais um ato de irresponsabilidade por parte da Policia Militar de São Paulo, cidade esta que como os fatos provam, não tem uma política para as Crianças e Adolescentes que nela residem, colocando como única opção a política falha e perversa que a Fundação Casa dos Horrores possui.
O Ato irresponsável, desta vez aconteceu em uma porta de escola, onde jovens, amigos comemoravam os 15 anos de um dos adolescentes, ato normal em qualquer lugar da sociedade, mas para a policia não é normal, normal é chegar de uma forma totalmente despreparada e estabanada, sacar uma arma e dar um tiro na cabeça de um adolescente. Pergunto-me, se uma comemoração de 15 anos em frente a uma escola é mais perigoso do que o fato de uma Policial Militar com mais de 10 anos de corporação que não sabe contornar uma situação simples como esta?
A Policia que trata o fato como algo isolado, para não manchar mais uma vez a imagem da corporação, (como se estive limpa) já a o adolescente só resta entrar para um número que só cresce, pois ele é mais um que entra para a estimativa dos 33 mil adolescentes serão assassinados entre os anos de 2006 e 2012 feitas pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em parceria com o Governo Federal e o Observatório de Favelas.
Sem contar que, os sonhos de Leonardo Bento do Amaral, se foram, por outro lado vejo a mídia, que tem como prioridade na pauta qualquer fato que envolva adolescente e principalmente se ele for o autor de algum ato infracional, para tocar no tema que é inconstitucional, da redução da maioridade penal, como se fosse a salvação para as crianças e adolescentes, talvez assim como defendem a política da Fundação Casa. E mais uma vez me pergunto, por que não colocam na pauta a política para Criança e Adolescente inexistente no Brasil!
A menos de duas semanas mais de 200 jovens participaram do seminário “Jovens Construindo o Futuro”, seminário este que ocorria e menos de 500 metros da frente da escola, onde aconteceu todo o fato, e o que mais vi no evento foram olhares esperançosos de que o mundo deles possa ser diferente. Neste evento achei muito interessante a presença da Policia não como agente repressivo que é, mas sim dando palestras, ouvindo e se colocando no mesmo patamar dos jovens que lá estavam, queria acreditar que não foi um sonho!
Outras perguntas que me faço por hora....temos um Juiz que deveria zelar pela lei criando um toque de recolher, a classe de poderosos pede a redução da maioridade penal, deputado vem no palanque da Câmara e fala que turismo sexual e prostituição infantil é normal e incentivo para a vinda dos estrangeiros para o Brasil e para completar Policia sai dando tiro em adolescente em porta de escola! BASTA!
Realmente esta mais do que na hora de se criar uma política de qualidade para as crianças e adolescente, política esta que, tenha como base o Estatuto da Criança e do Adolescente, esta mais do que na hora de dizer que a Policia que temos é falha e despreparada, mais que isso os policias que dela fazem parte devem entender que não há nada mais valioso que o Ser –Humano, e com isso eles também devem procurar entender que debaixo da farda também existe um Ser - Humano, que não ficaria nada feliz se tivesse um filho ou filha morta por um despreparo total de um Fardado, pois uma pessoa que mata um adolescente por estar comemorando os 15 anos de um amigo não é um Ser - Humano.
Para Finalizar deixo um texto escrito por uma adolescente sobre segurança publica, moradora do Distrito do Jardim Ângela;
A Segurança anda tão desordenada' que hoje em dia pessoas estão pagando por aquilo que não fez, e enquanto muitos criminosos estão soltos por ai, tirando vidas e mais vidas a cada dia. Todo dia vemos uma realidade muitos triste de pessoas mortas, por balas perdidas, por atropelamentos, por assassinatos e muitas das vezes são a maioria dos atos são de policiais. Que agem de uma forma muito violenta, se esquecendo que são a paz e não a morte, se esquecendo que são a proteção não a violência, se esquecendo que são a união e não a desunião, se esquecendo que deveriam ser o exemplo e não o mau. Com isso nós adolescentes não temos nem confiança em saber que ao sair na rua estamos protegidos pela segurança. Se “nossos policiais" não nos protege, quem irá proteger?” C . S . S
Por : Junior Melo – Militante da área de defesa as crianças e adolescentes, educador social do Jardim Ângela e Membro da Executiva do Fórum Estadual defesa as crianças e adolescentes.

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