Infância Urgente

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Nordeste tem a maior concentração trabalho infantil

A exploração do trabalho infantil atinge milhões de crianças no Brasil e recai principalmente sobre o Nordeste, região mais pobre do país. Dos cinco primeiros estados no ranking do trabalho infantil quatro se encontram na região mais pobre do país

11 de junho de 2008

O nordeste, um das regiões mais pobres do país, concentra os principais índices de exploração do trabalho infantil. Segundo dados do IBGE dos cinco primeiros estados na lista quatro pertencem ao nordeste. O primeiro da lista é o estado de Minas gerais com cerca de 306.090, seguido dos estados nordestinos: Bahia (291.818), Ceará (216.893), Maranhão (197.096), Pernambuco (196.152).

A situação é calamitosa na zona rural do Nordeste. “O trabalho ilegal de crianças mantém-se predominantemente agrícola e concentrado no Nordeste. Entre os 2,7 milhões de trabalhadores entre 5 e 15 anos, 1,4 milhão estavam na atividade agrícola e aproximadamente 776 mil estavam ocupados na agricultura em estados nordestinos” (IBGE Síntese de Indicadores Sociais, 2007.)


O financiamento do governo Lula aos latifundiários do Nordeste para a produção do etanol, ou para os empresários do agronegócio aumenta a miséria da juventude. Grande parte da produção das usinas no Brasil, nas de cana-de-açúcar, cerca de 70%, vira álcool, com subsídios da Petrobrás, o que faz do governo brasileiro um parceiro aberto da escravidão e da exploração da mão-de-obra infantil nos campos de cana, assim a exploração infantil uma vez que os latifundiários se beneficiam com o produto do trabalho escravo e do trabalho infantil, muito abaixo do custo.


O subemprego e o desemprego que atinge milhões de trabalhadores da cidade, a inflação que na ultima década cresceu 200% e os míseros salários contribuem violentamente para a exploração trabalho infantil uma vez que as crianças são obrigadas a trabalharem para complementar a renda familiar. “Na faixa de 10 a 17 anos, a Síntese mostra que cerca de 235 mil crianças e adolescentes trabalhavam na via pública. Já entre os jovens de 16 e 17 anos, o trabalho é predominantemente não-agrícola, representando 72,2% do total (1,7 milhão)” (idem).


O sucateamento da educação promovidos a décadas pelos sucessivos governo de FHC e Lula contribui para a barbárie da exploração da juventude. No mesmo documento o IBGE aponta que Apenas 7,4% das crianças das famílias mais pobres freqüentavam creches. “A pesquisa apontou, também, que o rendimento das famílias influiu no acesso e na permanência dos 48,4 milhões de crianças e jovens com até 14 anos na escola. Grande parcela das famílias (40,4%) com crianças e jovens nesta faixa estavam, em 2006, entre as mais pobres do país, com rendimento mensal per capita de até ½ salário mínimo. Esta situação é mais preocupante no Nordeste, onde 63,1% de famílias com crianças até 14 anos de idade estavam na faixa mais baixa de rendimento, resultado da conjugação de uma fecundidade mais elevada e de um nível maior de pobreza. Em Alagoas (69,2%), Ceará (67,6%) e Piauí (66%), a maioria das famílias com crianças ou adolescentes pertenciam a menor faixa de rendimento” (...) Mais da metade (50,6%) dos jovens entre 18 e 19 anos trabalhavam, dos quais apenas 20% conciliavam o trabalho com os estudos.” (Idem). Sem sombra de dúvidas a juventude é um dos setores mais exploração da população .Mais da metade cerca de54,5% dos jovens de 16 aos 24 anos recebem até um salário mínimo e cumprindo uma jornada de 40 a 44 horas semanais.


Fonte:http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=6614

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