Infância Urgente

sábado, 28 de junho de 2008

Bolsa Família aplaca a fome, mas não acaba com a miséria

Pesquisa financiada pelo governo constata que beneficiários do programa social consomem mais alimentos, mas há ausência de programas que superem a pobreza ou que diminuam a dependência dos recursos, informa o repórter Antônio Gois, em matéria publicada na Folha (a reportagem está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).

Na pesquisa, coordenada pelo Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e feita pelo instituto Vox Populi com cinco mil beneficiários do Bolsa Família, eles afirmam que o programa os ajuda a consumir mais alimentos --sobretudo açúcares-- e negam o "efeito preguiça", isto é, a acomodação do trabalhador devido à renda garantida.

O levantamento, cujo objetivo principal era avaliar o nível de segurança alimentar e nutricional dos favorecidos, descobriu-se que os maiores gastos do benefício são com alimentação, material escolar e vestuário.

Reajuste

Nesta quarta-feira (25), o governo anunciou um reajuste de 8% nos valores do Bolsa Família. Com isso, o benefício mínimo subiu de R$ 18 para R$ 20, enquanto o valor máximo passou de R$ 172 para R$ 182. Os novos valores valerão a partir de julho.

O ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) chegou a defender um reajuste de 6% sobre o total pago aos beneficiários do programa. No entanto, por meio de dados, viu-se que a perda do poder de compra das classes mais baixas devido à alta no preço dos alimentos era de 8%.

O orçamento do Bolsa Família para 2008 é de R$ 10 bilhões. Com o reajuste, serão necessários entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões a mais para pagamentos nos próximos seis meses.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u417095.shtml

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