Infância Urgente

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cedeca Interlagos é tema da Comissão de Direitos Humanos

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais recebeu, na reunião desta quinta-feira (03/09), os representantes do Centro de Defesa da Criança e Adolescente (Cedeca) de Interlagos para tratar das recentes notícias publicadas na imprensa relacionadas a situação de Roberto Aparecido Cardoso, apelidado de Champinha.
Em 2003, Champinha assassinou a jovem Liana Friedenbach. Na época, com 16 anos, ficou internado por três anos e meio na Febem, hoje Fundação Casa. Depois foi transferido para uma instituição voltada ao tratamento de pessoas com problemas psiquiátricos. Na época, Roberto Cardoso teve amparo da Defensoria Pública. Em 2007, antes de completar 21 anos, o Cedeca assumiu o caso. Agora, os advogados querem que ele seja solto. Em contrapartida, o Ministério Público luta para mantê-lo internado por tempo indeterminado.

De acordo com reportagens, o Cedeca é acusado de utilizar de forma equivocada recursos públicos. A instituição nega as acusações e diz, em carta aberta, “que apresenta modos transparentes e assertivos a destinação dos recursos conveniados aos órgãos competentes; e em nenhum momento os recursos foram usados para outros fins.” A diretora do Centro, Fernanda Lavarelo, apresentou sua opinião a respeito do caso: “O Cedeca foi alvo de uma exposição na mídia e viemos ressaltar que enquanto uma entidade de direitos humanos, pensamos que qualquer pessoa tem direito de defesa.”

“Toda pessoa tem direito a defesa, independentemente do que tenha feito; a Comissão não defende crime, mas defende os direitos individuais e a dignidade”, ressaltou o vereador Gabriel Chalita, presidente.

“O Cedeca veio aqui dizer que as pessoas que estão fazendo a defesa neste caso estão como militantes e não estão cobrando por isso”, comentou o vereador Ítalo Cardoso.

Os parlamentares também abordaram, durante a reunião, o caso do segurança negro Januário Alves Santana, espancado por seguranças da rede de supermercados Carrefour em Osasco, no dia 21 de agosto. “É impressionante em uma sociedade que evolui tanto não conseguirem conviver com pessoas diferentes; a gente abomina a ideia de racismo”, disse Chalita. Os parlamentares ressaltaram que o debate a respeito do tema deve continuar na Câmara em vistas do número de unidades que a rede francesa possui na capital.

Participaram do encontro os vereadores Jamil Murad (PCdoB), Ítalo Cardoso e Gabriel Chalita.


Fonte:http://www.camara.sp.gov.br/cr0309_net/forms/frmNoticiaDetalhe.aspx?n=1260

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