da Folha Online
A partir deste mês, diversas indústrias alimentícias multinacionais presentes no país começaram a adotar regras mais rígidas na publicidade dirigida ao público infantil, informa neste sábado reportagem de Cristiane Barbieri, publicada pela Folha (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).
Entre as determinações, não haverá mais nenhum tipo de propaganda ou atividade de marketing para crianças de até seis anos. Nesse caso, as campanhas serão dirigidas a seus pais. Já para os maiores de seis anos, as informações transmitidas enfatizarão o uso de dietas balanceadas e saudáveis.
A iniciativa, que entra em vigor agora, foi tomada após a assinatura do termo de compromisso europeu EU-Pledge, em 2007, cuja intenção é fazer com que as empresas se comuniquem de forma mais responsável com as crianças.
Onze empresas assinaram o compromisso, entre elas, Nestlé, Coca-Cola, PepsiCo, Danone, Kellogg's, Kraft, Unilever e Burger King Europa.
TV Cultura
Desde 1º de janeiro a TV Cultura tem cumprido uma promessa feita por Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta, que administra a emissora: cortar o anúncio de produtos durante a programação para crianças.
Emissora pública, a Cultura vinha exibindo comerciais como as TVs privadas. A TV Rá Tim Bum, canal infantil pago da Fundação Padre Anchieta, já chegou a veicular anúncios de bonecos da novela "trash" do SBT "Rebelde" durante intervalo de programas educativos.
Essa política vinha sendo criticada até por membros da cúpula da Cultura. A emissora também foi pressionada pelo governo do Estado, responsável por parte de seu orçamento.
Em contrato assinado no início de dezembro com a Fundação Padre Anchieta, que exige diminuição da publicidade, o governo tentou vetar a propaganda infantil. A cláusula só não entrou porque a fundação se comprometeu a acabar com os anúncios de produtos --e manter apenas comerciais institucionais-- durante as 12 horas de programação infantil.
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