BRASÍLIA - O número de crianças e adolescentes que trabalham no Brasil caiu quase 50% entre 1992 e 2007, mas ainda é alto e chega a quase 5 milhões, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O estudo da OIT analisa a situação no país entre 1992, quando havia 8,42 milhões de crianças e adolescentes no mercado de trabalho, e 2007, quando esse número foi de 4,85 milhões.
O relatório destaca que a redução maior, atribuída aos programas do Governo brasileiro para erradicar o trabalho infantil, foi entre as crianças de 10 a 14 anos.
A OIT também disse ter constatado que, como em outros países, os meninos são clara maioria (66%) no universo do trabalho infantil, enquanto as meninas são 34% da mão-de-obra.
O relatório destaca ainda o crescimento da taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos, que passou de 11,9% em 1992 para 17% em 2007.
No entanto, o documento ressalta que, no período analisado, a percentagem de jovens que nem estudam nem trabalham caiu de 21,1% para 18,8%.
Em 2007, segundo a OIT, havia 7,8 milhões de trabalhadores sem emprego no Brasil, dos quais 46,7% (3,6 milhões) tinham de 15 a 24 anos de idade.
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