Estudo produzido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SPDCA/SEDH), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Observatório de Favelas (OF) e o Laboratório de Análise da Violência –(LAV/UERJ), no entanto, desmonta a tese dos neo-rascistas de de que a população negra não precisa de políticas afirmativas.
Negros no Brasil não sofrem apenas discriminação na hora de entrar numa faculdade. Eles também são mais suscetíveis a ser assassinados na adolescência. Um negro(a) corre 2,6 vezes mais risco de morrer nesta faixa etária do que um branco ou amarelo.
O estudo foi feito com base em dados de 267 municípios e leva em consideração o grupo de 12 a 18 anos. Só foram estudados os municípios com mais de 100 mil habitantes. A média nacional é de 2,6 vezes maior, mais em algumas cidades o índice é dantesco. Em Rio Verde, Goiás, jovens negros correm aproximadamente 40 vezes mais risco de morte do que os brancos.
O estudo traz também um levantamento das cidades mais violentas do país para esse grupo da população. Quem lidera é Foz do Iguaçu, no Paraná, com IHA de 9,7. IHA significa Índice de Violência na Adolescência.
A capital mais violenta para jovens é Maceió (IHA 6,0). Ele está em 9º lugar entre as cidades avaliadas. Além da capital alagoana, só Recife, em 10º, é capital e está entre as 20 mais violentas do país com base neste índice. Seu IHA é igual o de Maceió, 6,0.
O estudo traz esse dado revelador, entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, as capitais não são as mais violentas, como se imagina no senso-comum.
O Rio de Janeiro é a terceira colocada entre as capitais, com IHA de 4,9. E está em 21º lugar entre os 267 municípios estudados. São Paulo, por incrível que pareça, é uma das capitais mais seguras do país para este segmento da população, com IHA de 1,4. Só é mais violenta que Palmas, Aracaju e Rio Branco.
O valor médio do IHA no Brasil para os 267 municípios considerados é de 2,03 adolescentes mortos por homicídio antes de completar os 19 anos, para cada grupo de 1.000 adolescentes de 12 anos. É um índice elevado. Uma sociedade não violenta deveria apresentar valores próximos de 0.
Fonte: Blog do Ravoi
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