http://br.noticias.yahoo.com/s/27112010/40/politica-ai-pede-governo-brasil-atue.html
Londres, 27 nov (EFE).- Anistia Internacional (AI) pediu neste sábado ao Governo do Brasil que atue dentro da lei em sua resposta à onda de violência promovida pelas quadrilhas de traficantes durante a última semana no Rio de Janeiro.
Pelos últimos números da Polícia Militar, nos enfrentamentos entre policiais e supostos narcotraficantes morreram desde segunda-feira 35 pessoas, entre estas uma menina de 14 anos atingida por uma bala perdida na Vila Cruzeiro.
"Esta violência é totalmente inaceitável, mas a resposta da Polícia colocou em situação de risco às comunidades", manifestou em comunicado Patrick Wilcken, pesquisador da Anistia Internacional especializado no Brasil.
Wilcken destacou que "as autoridades devem garantir em primeiro lugar a segurança e o bem-estar geral da população em qualquer operação em áreas residenciais".
Na opinião do pesquisador da AI, esta onda de violência "é sintoma de erros profundos no sistema de justiça" e deveria representar "uma sinal de alerta para as próximas administrações federais e estaduais".
Anistia expressou seu temor de que a operação de segurança em andamento em torno do grupo de comunidades conhecidas como Complexo do Alemão derive em maior derramamento de sangue.
Esta organização lembrou que em 2007 ocorreu uma operação similar no Complexo do Alemão, onde as mortes de 19 pessoas nunca foram esclarecidas, apesar da comissão de direitos humanos ter afirmado que ocorreram execuções extrajudiciais.
"A operação não teve impacto positivo de longo prazo para a segurança da comunidade", assinalou AI.
Além disso, "a tarefa policial no Rio de Janeiro segue ligada aos métodos repressivos", como demonstra o número de mais de 500 pessoas mortas nas mãos da Polícia neste ano, o que as autoridades classificam como "ações de resistência". EFE
Wilcken destacou que "as autoridades devem garantir em primeiro lugar a segurança e o bem-estar geral da população em qualquer operação em áreas residenciais".
Na opinião do pesquisador da AI, esta onda de violência "é sintoma de erros profundos no sistema de justiça" e deveria representar "uma sinal de alerta para as próximas administrações federais e estaduais".
Anistia expressou seu temor de que a operação de segurança em andamento em torno do grupo de comunidades conhecidas como Complexo do Alemão derive em maior derramamento de sangue.
Esta organização lembrou que em 2007 ocorreu uma operação similar no Complexo do Alemão, onde as mortes de 19 pessoas nunca foram esclarecidas, apesar da comissão de direitos humanos ter afirmado que ocorreram execuções extrajudiciais.
"A operação não teve impacto positivo de longo prazo para a segurança da comunidade", assinalou AI.
Além disso, "a tarefa policial no Rio de Janeiro segue ligada aos métodos repressivos", como demonstra o número de mais de 500 pessoas mortas nas mãos da Polícia neste ano, o que as autoridades classificam como "ações de resistência". EFE
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