Infância Urgente

domingo, 5 de dezembro de 2010

CONTRA OPRESSÕES E REPRESSÃO DENTRO E FORA DA UNIVERSIDADE! Gênero, étnica, social, liberdade de expressão

PELO FIM DO VESTIBULAR E POR EFETIVAS POLÍTICAS DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL!
CONTRA A MERCANTILIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO!
CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO: Pela incorporação imediata dos terceirizados!
QUE A JUVENTUDE E A CLASSE TRABALHADORA NÃO PAGUEM PELA CRISE!


CONTRA AS OPRESSÕES às mulheres, aos negros, aos homossexuais, aos nordestinos, aos desfavorecidos economicamente, e a todos aqueles que são submetidos a ondas de desrespeito, de qualquer ordem. Mesmo nas Universidades, os “centros do saber”, a ignorância, o preconceito e a discriminação compõem ondas de violência; basta observarmos o fatídico evento chamado “rodeio das gordas”, em que estudantes eram humilhadas e agredidas por outros estudantes. Diante dos casos de agressão física e moral à homossexuais em festas na USP e UNESP e, também, em plena Avenida Paulista, a direção do Mackenkie declara seu apoio à continuidade da barbárie colocando-se contra a criminalização da homofobia. Igualmente, elementos dos setores mais reacionários da sociedade, fortalecidos, continuam garantindo os índices de dezenas de negros, mulheres e homossexuais mortos todos os dias no Brasil. Não aceitaremos calados tamanhos absurdos! Expressamos nosso total repúdio aos agentes de opressão. Assim sendo, lutaremos ao lado e pela organização desses setores, historicamente oprimidos e inferiorizados. FIM DAS OPRESSÕES! PELA IGUALDADE E O RESPEITO!

CONTRA A REPRESSÃO política e de toda a ordem. Sabemos que a repressão não é um fim em si: Ela está a serviço de um objetivo; é um meio. Historicamente, o Estado brasileiro – a serviço dos mais ricos – e seus agentes nos governos, nas Reitorias, nas periferias, etc., sempre se utilizaram da repressão como um “meio”, para tentar suprimir os gritos de rebeldia daqueles mais explorados pelo sistema de servidão que se perpetua. Hoje, na USP, 21 estudantes, que ocuparam um espaço, buscando moradia, e ocuparam a Reitoria, em 2007, buscando autonomia e uma USP mais PÚBLICA e menos PRIVADA, estão sendo acusados e condenados, sob um decreto da ditadura (1971), por um só crime: QUESTIONAR. No mesmo sentido repressor, vemos Alckmin criar uma delegacia que trata dos “crimes contra a organização do trabalho”- ou algo assim-, a qual, hoje, processa criminalmente muitos dos diretores do sindicato de trabalhadores da USP, os quais, historicamente, lutaram para que o vestibular acabasse, e o povo tivesse acesso à educação. Isso sem falar no ataque ao direito de greve que, no primeiro semestre, com greve na USP, expressou-se na tentativa de corte de salário de 1000 trabalhadores. E ainda há o núcleo de consciência negra que existe há 23 anos na USP e corre o risco de ser demolido e perder seu espaço físico. Na Unicamp, o IFCHSTOCK, festival de caráter político-cultural, é barrado, bem como toda e qualquer manifestação artística, por via da força policial. Na UNIFESP, vimos a truculência da repressão em Guarulhos e da PM no Ato realizado em frente à Reitoria: Reivindicávamos condições dignas na Universidade e, numa tentativa pacífica de diálogo coletivo com o Reitor, ganhamos spray de pimenta e cassetetes. Nos atos da Unesp contra a opressão, a reitoria achou por bem “garantir” nossa segurança com a tropa de choque. Houve também as ocupações da tropa de choque na PUC e Fundação Santo André, há algum tempo. Isso não acontece somente nas Universidades, das quais a maioria da população trabalhadora está de fora: Sabemos qual é o tipo de atenção e relevância dada aos moradores de rua, às periferias, professores em greve, para o povo pobre e a classe trabalhadora. Um exemplo disso é o que se passa, hoje, no RIO. Policiais militares INVADEM o Complexo do Alemão – assim como militares tomam o Haiti -, com a “autoridade” de invadir a casa, reprimir, assaltar, além de estuprar mulheres, até matar quem quer que seja considerado um suspeito criminoso, fazendo com que abusos à população sejam práticas recorrentes da polícia e exército. Também, numerosos são os relatos de violência contra os trabalhadores, e 50 mortes já são confirmadas. A repressão se liga às opressões de maneira gritante; vemos que os que mais sofrem com ela são os negros e as mulheres, maioria da população. PELO FIM DOS PROCESSOS A ESTUDANTES E TRABALHADORES, AÇÕES ESTAS QUE VISAM A NOS CALAR. PELO FIM DA REPRESSÃO POLÍTICA, RACISTA E DE TODA ORDEM!


PELO FIM DO VESTIBULAR E POR EFETIVAS POLÍTICAS DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL, O vestibular é um filtro social. Sabemos que, com pouquíssimas exceções, os que conquistam uma vaga na universidade pública são os que tiveram a possibilidade de não trabalhar, cursar um ensino médio pago e fazer cursinho pré-vestibular, enquanto aos filhos da classe trabalhadora, que não tem acesso a um ensino básico de qualidade, lhes resta pagar uma universidade particular, quando conseguem. Não podemos aceitar que a prioridade do Estado seja outra que não a de garantir os direitos mais básicos da população; a educação é um deles e deve estar disponível a todos. A classe trabalhadora merece ter-se livre de ver seus filhos submetidos à exclusão proveniente do não-acesso à formação de nível superior. Mais importante: O acesso ao conhecimento é ferramenta a ser usada para que a sociedade use a favor das mudanças às quais almeja. Igualmente, precisamos reivindicar as condições para o estudo. Nossa sociedade é desigual e a maioria da população, sem auxílio, não teria como cursar uma Universidade. Na UNIFESP, por exemplo, há falta de moradia, restaurante universitário, de bolsas auxílio. A falta de permanência estudantil atravessa Universidades públicas de todo o País. Estabelece-se, então, um segundo Filtro: O dos que conseguem se manter nas universidades comprando livros, materiais, transporte, moradia, refeição. Sendo assim, a Universidade deve oferecer condições de ingresso no ensino superior pela via das ações afirmativas de cunho étnico-racial com recorte social, de modo a diminuir a exclusão social existente hoje no sistema de ensino superior e rumar para a extinção do vestibular. Só assim poderemos dar passos concretos na transformação do papel da educação.

CONTRA A MERCANTILIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO; A educação é um direito básico, entretanto, os grandes empresários e os governos, a serviço do projeto burguês de educação, insistem em tentar transformá-la numa Mercadoria. Isso é claro quando vemos o número de faculdades privadas e o número de públicas. A transformação dos direitos básicos em mercadoria faz com que grande parte da população não tenha a possibilidade de obtê-la, e garante que apenas os mais abastados tenham acesso pleno a tais recursos.Ela também garante um maior lucro aos empresários por via das pesquisas e mensalidades. O Objetivo não é, então, a educação, mas sim o lucro. A contradição é que todos pagam impostos, sobretudo, os mais pobres, e somente os mais ricos têm pleno acesso e se beneficiam do conhecimento produzido. Assim, a produção intelectual não cumpre uma função social efetiva. Temos de lutar pela gratuidade e pelo caráter público do acesso à educação. PELO FIM DA MERCANTILIZAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS. EDUCAÇÃO, SAÚDE, MORADIA e TRANSPORTE GRATUITO PARA TODOS!

PELO FIM DA TERCEIRIZAÇÃO e pela efetivação dos terceirizados; A terceirização tem-se demonstrado um dos principais ataques aos trabalhadores nestas últimas décadas e uma dos meios utilizados para o sucateamento da universidade, já que se observa uma alta rotatividade dentre os trabalhadores terceirizados e a divisão destes enfraquecendo sua luta. Ela oprime, divide, explora e escraviza. Comuns são os casos de trabalhadores com jornadas de trabalhos de mais de 8 horas- não recebem sequer hora-extra-, recebendo um salário miserável, às vezes nem 1 mínimo, com direitos trabalhistas quase inexistentes e com a possibilidade de organização política fortemente reprimida. É também a concretização da máxima: “Dividir e conquistar”, já que os efetivos estão e se veem separados dos terceirizados. Essa é uma forma de garantir lucros para os empresários às custas dos mais pobres. Lutemos para barrar tal ofensiva e, como mínimo, incorporar os terceirizados precários aos quadros de funcionários efetivos, com direitos garantidos. PELA INCORPORAÇÃO DOS TERCEIRIZADOS; PELO FIM DA TERCEIRIZAÇÃO.
QUE A JUVENTUDE E A CLASSE TRABALHADORA NÃO PAGUEM PELA CRISE: A Crise Mundial iniciada em 2008, com a quebra dos bancos nos EUA, agrava-se ainda em todo o mundo, sobretudo na Europa. Os Estados, endividados devido ao salvamento das grandes empresas, buscam recompor as finanças às custas dos direitos dos trabalhadores. Aposentadoria, educação, saúde, moradia: Tudo isto está sendo submetido, como vemos na Grécia, Inglaterra, Espanha, Itália, etc. O desemprego aumenta. Ao mesmo tempo, Dilma já diz que irá realizar uma reforma da previdência e cortes de gastos públicos no ano que vem. A crise se aproxima; sigamos o exemplo dos estudantes e trabalhadores da Europa. Digamos NÃO e lutemos até o fim por nossos direitos; e mais: Que os capitalistas paguem a crise! Precisamos construir uma nova tradição de luta no movimento estudantil, aliando-nos aos trabalhadores e tomando as ruas em todo o País. Esse é um passo inicial. SIGAMOS!

Convidamos toda a população ao ATO. A concentração será no vão do MASP, dia 10/12/2010, a partir das 17h. Seguiremos às 18h, na Avenida Paulista.

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