Atualmente, no Brasil, 1 em cada 5 brasileiras (20% das mulheres) declarou já ter sofrido algum tipo de violência de um homem. A cada um minuto 4 mulheres são vítimas da violência masculina, num total de cerca de 2 milhões por ano.
É certo que a violência atinge as mulheres sem escolher raça, cor, religião ou classe social, mas ela é mais presente pelas trabalhadoras, jovens e negras. No Rio de Janeiro a pesquisa “Dossiê Mulher 2010” mostra que mulheres que se declaram pretas e pardas (negras, na categoria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são maioria entre as vítimas de homicídio doloso (quando há intenção de matar - 55,2%), tentativa de homicídio (51%), lesão corporal (52,1%), além de estupro e atentado violento ao pudor (54%). As mulheres que se declaram brancas são maioria nos crimes de ameaça (50,2%).
Dossiê ainda revela que em 2008 20.216 mulheres sofreram algum tipo de ameaça de um homem no RJ. Em 2009 o índice saltou para 24.310. No quesito Lesão corporal, o ano de 2008 registrou 26.876 casos e em 2009 foram 30.103 casos. Os dados indicam que o RJ é o 3º estado com o maior número de agressão à mulher, chegando a 25.274 casos em 2009 – São Paulo registrou 47.107 casos, e a Bahia 32.358 no mesmo período. Destes, somente 2% dos agressores foram punidos no RJ.
Estes números assustadores indicam que a Lei Maria da Penha ainda não tem sido tão eficaz como na propaganda. São inúmeras as falhas como: a não existência de políticas públicas para construção de Casas Abrigo e de Casas de Passagem; faltam suporte, apoio e atendimento jurídico, psicológico e social às vítimas de violência; há demora na efetiva proteção das mulheres que denunciam seus agressores.
Hisórico
Em 1981, no Primeiro Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe, realizado em Bogotá na Colômbia, o dia 25 de novembro foi estabelecido como “Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher” em homenagem às irmãs Mirabal.
"Las Mariposas", como eram conhecidas Patria, Minerva e Maria Teresa Mirabal na militância política clandestina, foram presas por diversas vezes no período de 1949 a 1960. No dia 25 de novembro de 1960, na República Dominicana, foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em. Neste dia, regressavam de Puerto Plata, onde haviam visitado seus maridos presos políticos. Elas foram detidas na estrada e, em seguida, assassinadas por agentes do governo militar. Para se safar, a ditadura simulou um acidente.
Este terrível assassinato produziu o rechaço geral da comunidade nacional e internacional em relação ao governo e acelerou a queda do ditador Rafael Leônidas Trujillo.
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