Infância Urgente

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

CARTA DA REDE DE PROTEÇÃO Á INFANCIA E ADOLESCENCIA

Nós entidades da Rede de Proteção à Infância e a Adolescência de Roraima, vimos através desta, demonstrar a nossa indignação pela infeliz atitude tomada pelo desembargador Mauro Campello, quando da votação dos hábeas corpus dos réus, que respondem na justiça pelo crime de pedofilia e exploração sexual – Operação Arcanjo - , que culminou com a liberação de três envolvidos no referido rime.
O magistrado em questão, desde que chegou a Roraima sempre militou na defesa dos direitos da criança e do adolescente, como juiz da infância e juventude, época em que tornou-se referência nacional e reconhecido internacionalmente como grande defensor desta população, inclusive ganhando prêmios por sua brilhante atuação na área.
Todos aqueles que trabalharam direta ou indiretamente com o referido magistrado, estão profundamente decepcionados com o posicionamento tomado pelo mesmo ao votar pela liberação dos réus, com a fundamentação de que não ofereciam perigo às vítimas e nem havia mais clamor popular, quando na realidade sabemos – e ele também sabe -, que casos dessa natureza onde o acesso às vítimas é obtido através de “sedução” e não pela violência física, o perigo às vítimas é sempre iminente, até porque, os acusados nunca aparentaram trazer riscos à sociedade, sendo considerados até bem pouco tempo cidadãos de bem; no entanto, a Operação Arcanjo mostrou a verdadeira face dos envolvidos. Também é fato, que após a prisão dos acusados, as vítimas e suas famílias sofreram ameaças, bem como, outras pessoas que fazem parte da Rede de Proteção.
Diante disso, queremos declarar a nossa indignação àquele que demonstrava ser um defensor das nossas crianças, contudo demonstrou efetivamente não sê-lo.

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