Adolescentes em cadeias de adultos, sem acesso à defesa e a outros direitos fundamentais como educação, saúde e cultura. Esta é, infelizmente, uma realidade na qual ainda vivem muitos dos jovens que cumprem medidas socioeducativas no Brasil. Com o intuito de mudar esta situação e pensar em estratégias nacionais de mobilização, foi criada em 2008 a Rede Nacional de Defesa do Adolescente em Conflito com a Lei (Renade).
Nesta semana, entre os dias 11 e 14 de agosto, em Salvador, a Renade realizará a sua segunda oficina nacional. Ela reunirá defensores, profissionais de centros de defesa, associações de familiares e coordenadores de programas de proteção de crianças e adolescentes ameaçados de morte e de combate à violência sexual. São ao todo mais de 180 profissionais de todos os estados do país, que foram indicados pelas associações nacionais parceiras do evento.
A oficina é organizada pelo Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito (Ilanud) e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), com o apoio do Conselho Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege), da Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced) e da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep).
Mobilização nacional em setembro
Para além de contribuir para a formação dos participantes na defesa cotidiana dos adolescentes, a oficina também tem o desafio de preparar uma grande mobilização nacional em setembro. Nela, serão realizadas ações simultâneas de denúncia em todos os estados do país, expondo casos de violação dos direitos dos adolescentes e tomando as medidas legais necessárias.
Violência e saúde mental
Durante a Oficina, além da própria organização e mobilização da Renade, que atualmente se articula em rede virtual, será debatida a relação da juventude com a violência. A mesa sobre este tema contará com a presença de Ignácio Cano, pesquisador da UERJ que participou da elaboração do Índice de Homicídios na Adolescência da SEDH/PR, Preto Zezé, da Central Única das Favelas (Cufa) e Fernanda Lavarello, da Anced.
Outra questão central a ser debatida será a saúde mental, que também merecerá uma mesa com Flávio Frasseto, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Pedro Gabriel Delgado, do Ministério da Saúde, e Maria Berenice Gianella, presidente da Fundação Casa em São Paulo.
Mais Informações:
Ilanud / Brasil
Sue Iamamoto - assessora de comunicação
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