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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Moradores de Paraisópolis criticam ação da PM

da Folha Online

Representantes dos moradores da favela de Paraisópolis (zona oeste de São Paulo) se reuniram nesta quarta-feira (4) com a Polícia Militar, criticaram a atuação dos soldados na favela e pediram menos violência durante a Operação Saturação --implementada após o confronto entre policiais e grupos de moradores na segunda-feira (2).

Veja imagens desta reunião, no videocast a seguir, que teve como intuito explicar aos moradores os objetivos da operação. No vídeo, o padre Luciano Borges Basilio, da paróquia São José, conta que foi abordado de forma impaciente e que a ação da polícia tem servido para amedrontar a população. "Um dos policiais me disse: 'Aqui mandamos nós. Não existe lei divina'".

O tenente-coronel Almir Ribeiro, do Comando de Policiamento de Choque, afirmou que a operação não tem intuito de amedrontar e que os incidentes relatados podem ser casos isolados. Disse ainda que não haverá revistas a casas sem mandado.

Gilson Rodrigues, da associação de moradores, pediu que os jovens da favela não sejam abordados de forma agressiva.

Operação Saturação

A ação contou, nesta quarta-feira, com 400 homens e 100 carros. Os policiais ocuparam a favela e bloquearam os acessos do bairro.

Por conta da ação ostensiva, um adolescente de 15 anos foi revistado seis vezes em menos de 24 horas, pelos policiais. Durante a operação, a polícia também prendeu um homem por tráfico e dois adolescentes foram detidos por roubo. Foram apreendidos 1,7 kg de maconha, 75 porções de cocaína, 75 de ecstasy e nove caça-níqueis.

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