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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Juventude debate participação política em acampamento

No encontro, que se estende até 15 de novembro, os jovens participarão de seminários de formação política-ideológica com intelectuais latino-americanos e também de atividades de intercâmbio de experiências e culturas
No encontro, que se estende até 15 de novembro, os jovens participarão de seminários de formação política-ideológica com intelectuais latino-americanos e também de atividades de intercâmbio de experiências e culturas
09/10/2008

Evocando a solidariedade, o internacionalismo e a responsabilidade dos jovens para a construção de uma "América Latina Socialista", foi inaugurado nesta terça-feira (7) em Caracas, o Acampamento Che Guevara da Juventude da Alba e Via Campesina.

No encontro, que se estende até 15 de novembro, os jovens participarão de seminários de formação política-ideológica com intelectuais latino-americanos e também de atividades de intercâmbio de experiências e culturas.

O objetivo, destaca a coordenação do Acampamento, é traçar mecanismos de participação "no qual os jovens possam ser parte do sujeito transformador, por meio das experiências de organização popular, social e dos processos políticos de transformação da América Latina".

No Teatro Municipal de Caracas, onde foi inaugurado o Acampamento, os jovens se entusiasmaram com canções de músicos venezuelanos e cubanos que cantavam composições de Ali Primera e Silvio Rodriguez.

O mesmo entusiasmo não foi compartilhado quando ministros do governo Chávez, convidados a abrir o encontro, discursaram repetindo frases prontas, descontextualizadas, e desconectadas da realidade dos jovens ali presentes e do legado deixado pelo líder revolucionário Ernesto Che Guevara.

Para Thaís Rodriguez, uma das jovens venezuelanas que participava da abertura, ainda há uma distância entre as esferas de poder e a juventude. "Por isso, é importante temos encontros como esse. A juventude tem uma tarefa histórica na construção de uma América Latina socialista. Devemos criar uma organização capaz de canalizar toda essa energia", afirmou. A seu ver, o ponto de partida deve ser a integração às " lutas camponesa e operária", acrescentou.

Trabalho voluntário

Coerentes com os ideais de Che Guevara, no ano que marca seu 80 aniversário, a coordenação do Instituto Agroecológico Paulo Freire (IALA) e a Via Campesina promoverão espaços para a realização do trabalho voluntário.

Será nas instalações do IALA, um ex-latifúndio no estado de Barinas expropriado em 2006, que mais de 600 jovens latino-americanos deverão construir, com técnicas agroecológicas, alojamentos que serão parte da sede definitiva do Instituto que é considerado como uma das principais conquistas do movimento camponês nos últimos anos.

O IALA é fruto da primeira iniciativa da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) que rompe os tradicionais esquemas de cooperação, antes limitados a acordos entre Estados.

A iniciativa para a construção de uma Universidade camponesa foi concretizada duranta a visita de Hugo Chávez, em 2005, ao assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) Lagoa do Junco, em Tapes (RS).

Ali foi firmado entre o governo da Venezuela, Via Campesina e MST o convênio para a construção da Universidade Internacional " feita por e para as organizações Camponesas", ressaltou Dana Ávila, da Coordinação do IALA.

Programação:

1 etapa - 7 a 16 de outubro -A programação estará enfocada na realização de atividades cujo marco de discussão será a ALBA e o processo político venezuelano.

2 etapa - 17 à 15 de novembro - A programação será marcada pela formação política dos jovens e terá como eixo central pensamento de Ernesto Che Guevara e a vigência de suas idéias nos processos políticos de luta e resistência na região.

Fonte:http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/internacional/juventude-debate-participacao-politica-em-acampamento

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