A chacina da Candelária completa 16 anos nesta quinta-feira (23). O massacre que chocou o país aconteceu na madrugada do dia 23 de julho de 1993, quando policiais militares executaram oito meninos que dormiam próximos à Igreja da Candelária, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira (24), um ato ecumênico vai homenagear os mortos. Até hoje, o motivo do massacre não foi esclarecido.
Um dos diretores da Associação de Moradores do Morro do Estado, Sebastião José de Souza, concorda que todo ano é preciso lembrar acontecimentos como esse, pois, segundo ele, a polícia continua agindo de forma truculenta.
“Nós queremos não só justiça, como chamar [a atenção] dos brasileiros e do mundo de como a pobreza é discriminada, massacrada e exterminada nesse país chamado Brasil.”
Souza ainda lamentou dizendo que não existe uma política clara de segurança no país.
Também nesta sexta, a população da favela do Morro do Estado, em Niterói (RJ), organiza um ato para exigir que sejam punidos os policiais que, em dezembro de 2005, executaram cinco moradores da favela – entre eles quatro menores.
O laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) comprovou que os cinco foram mortos com disparos à curta distância, o que configura indícios de execução. O julgamento dos militares está marcado para o dia 28 de julho.
Esta semana, um estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) revelou que o estado do Rio tem o maior número de adolescentes assassinados em todo o país.
De São Paulo, da Radioagência NP, Desirèe Luíse.
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