DO RIO
Wesley Guilber Rodrigues de Andrade, 11, que morreu baleada dentro da sala de aula do Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Rubens Gomes, em Costa Barros (zona norte do Rio), na manhã desta sexta-feira, será enterrado no sábado às 11h no cemitério do Irajá, também zona norte do Rio. O velório será na capela dois do cemitério.
O garoto foi atingido por uma bala perdida durante uma troca de tiros entre criminosos e policiais militares na manhã de hoje nas favelas de Costa Barros, zona norte. Além da criança, cinco homens morreram.
Segundo moradores da região, policiais estavam na passarela perto da escola trocando tiros com criminosos da favela Terra Nostra, que fica ao lado do Ciep.
Na região, policiais do 9º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Rocha Miranda, também na zona norte, faziam uma operação nas favelas Quitanda, Lagartixa, Pedreira e Terra Nostra, todas perto da escola onde o menino estava quando foi baleado. O objetivo da PM era prender traficantes que estavam nas imediações, segundo informação recebida pelo Disque-Denúncia.
As vítimas baleadas foram levadas para o hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, também no subúrbio, mas não resistiram aos ferimentos e morreram antes de dar entrada na unidade.
Os pais da criança fizeram o reconhecimento do corpo do filho no IML (Instituto Médico Legal) de São Cristóvão na tarde de hoje. Representantes da Secretaria Municipal de Educação do Rio acompanharam os familiares. As aulas no Ciesp foram suspensas.
Um grupo de cerca de 50 pessoas fizeram um protesto perto do Ciep. Pneus e madeiras pegando fogo bloquearam a avenida José Arantes de Melo, na tarde de hoje. A manifestação já foi encerrada.
O comandante do batalhão, Fernando Príncipe Martins, foi exonerado. Segundo nota divulgada pela PM, "um dos objetivos da mudança de comando é garantir total isenção e rigor na apuração dos motivos da operação, bem como do procedimento adotado, que resultou em uma perda irreparável para uma família".
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