Infância Urgente

quinta-feira, 22 de julho de 2010

SOLIDARIEDADE AO ACAMPAMENTO INDÍGENA REVOLUCIONÁRIO (AIR)

São Paulo, 22 de julho de 2010

A Associação dos Professores da PUC-SP – APROPUC – vem manifestar solidariedade as famílias do Acampamento Indígena Revolucionário que ocorre neste momento na Explanada dos Ministérios em Brasília. Cerca de 150 representantes de várias etnias brasileiras exigem audiência com representantes do Governo Federal, a revogação do Decreto 7056/09, a e exoneração do presidente da Funai, Márcio Meira, e de toda a sua cúpula, autonomia indígena na gestão do patrimônio, direitos e interesses, concurso público com garantia de bilinguismo e a cultura dos agentes e professores, criação de mecanismos de controle das verbas federais pelas próprias comunidades, entre outros pontos. No entanto, a resposta que receberam do Governo Federal tem sido o descaso e a violência. No dia 10 de julho, sem mandado judicial, a Policia Militar do Distrito Federal agiu com violência contra a comunidade acampada no protesto pacifico. As barracas montadas foram destruídas, os pertences foram confiscados e vários manifestantes ficaram feridos, inclusive mulheres e crianças. Se já não bastasse os mais de cinco séculos de genocídio ao povo natural das terras brasileiras, temos agora a demonstração da falta de respeito que as autoridades do governo brasileiro tem com as comunidades indígenas. Trata-se de mais um exemplo de criminalização dos movimentos sociais demonstrado pelo Estado Brasileiro. A APROPUC apoia a luta das famílias que estão no Acampamento Indígena Revolucionário e repudiamos a covardia com a qual eles vem sendo tratados pelas autoridades brasileiras, somando-se na denuncia contra o descaso e a prepotência que o Governo Federal vem tratando os indígenas em nosso país. A luta pelos direitos das famílias acampadas deve ser encarada como sendo de todos os movimentos sociais brasileiros.

Diretoria da APROPUC

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