Aproveito o espaço para divulgar minha indignação. Agradeço também.
A PROFESSORA GLORIA QUE MERECE E HONRA O SEU NOME, PROTESTA EM SEU BLOG CONTRA O ARTIGO DO ANTONIO ERMIRIO.ESSA GRANDE EDUCADORA MERECE MEU APLAUSO E APOIO PELA CORAGEM E POR SUA HISTORIA DE LUTA PELA ESCOLA PÚBLICA.
"Blog da Gloria-Leopoldina-MG
Antônio Ermírio diplomou-se nos Estados Unidos, não confiava nas instituições educacionais brasileiras. Atualmente, para alunos pobres, acha a escola pública excelente e aponta os culpados pelo fracasso da educação no Brasil: os alunos
O famoso empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente do grupo Votorantim, formou-se engenheiro na Colorado School of Mines dos Estados Unidos. Por aí se vê, sendo oriundo de um país, onde apenas a metade dos alunos matriculados têm condições de terminar o Ensino Fundamental, esse brasileiro teve condições de fazer seu curso superior nos Estados Unidos. Sinal de que, no mínimo, não confiava nos mestres e nas instituições brasileiras, o que não tiro sua razão. Uma vez formado, voltou para o Brasil e hoje é dono de um império que o coloca a anos luz de distância da realidade dos alunos de escola pública no país. E não é que, atualmente, o desertor da educação brasileira vive escrevendo artigos na Folha de São Paulo, acusando os alunos oriundos das classes populares de culpados pelo fracasso da nossa educação. Interessante que, certamente, na sua época, ele não se achou culpado ao constatar a precariedade do nosso ensino e optar por estudar nos Estados Unidos. Não, a culpa era da escola brasileira e deu o fora. E agora, diante da infamante estatística de fracasso na escola pública, ele aponta seus valiosos dedos (que não devem dar conta de manusear o que tem nas contas bancárias) para nossos alunos e dá o veredito: " A realidade no ensino médio é dramática.Os professores foram encurralados pelos adolescentes. Muitos têm medo de entrar na sala de aula por terem sofrido impropérios verbais e até agressões físicas. Na maioria das escolas, os alunos se organizam em bandos para ofender funcionários, professores e diretores e também para depredar as instalações". A nova moda agora é o "medo dos professores", o medo que sentem de crianças e adolescentes. Realmente chegamos ao fundo do poço da incompetência. Que podemos esperar de professores que, em vez de outros sentimentos mais nobres, sentem medo dos seus alunos? E o medo das crianças e adolescentes que são humilhados, discriminados e agredidos pelos professores? E aí, sim, com razão, afinal estão em total desvantagem neste campo de batalha que virou a escola. Diante dos conflitos, quem são os castigados? Quem são os que vão parar nas delegacias de polícia? Quem são os denegridos pela imprensa? Quem são os expulsos da escola? Já ouviram falar de algum professor expulso? Nunca. E alunos? Aos montes. Então, façamos uma correção no texto do barão do cimento, certamente ele errou na digitação: " A realidade no ensino médio é dramática.Os alunos foram encurralados pelos professores. Muitos têm medo de entrar na sala de aula por terem sofrido impropérios verbais e até agressões físicas. Na maioria das escolas, os professores se organizam em bandos para ofender alunos, pais e a comunidade e também para depredar as instalações, através do desleixo com a coisa pública".
Leiam outra análise sobre o malfadado artigo Quem respondeu muito bem ao artigo intitulado "Lamentável" do Antonio Ermírio de Moraes, na Folha de São Paulo de hoje, foi Mauro A. Silva do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, do qual transcrevo um trecho da resposta. ( assinada por Mauro Alves da Silva e publicada no http://cremilda.blig.ig.com.br)
Pedindo "conselhos" ao capitão-do-cimento
O bilionário capitão-do-cimento deveria compartilhar sua receita de sucesso com todos os paulistas e brasileiros. Ele poderia explicar-nos como gerencia suas empresas nos seguintes aspectos: 1. Ele admite que um seu funcionário trabalhe numa empresa concorrente? (professor de escola pública pode!) 2. Seu funcionário pode faltar "dia sim, dia não" sem ser demitido? (professor de escola pública pode!) 3. Seus funcionários podem faltar 29 dias consecutivos sem serem demitidos? (professor de escola pública pode!) 4. Existe "hora vaga" nas suas empresas? (na escola pública existe "aula vaga") 5. Seus funcionários podem "enforcar" os dias úteis entre um feriado e o fim-de-semana"? (professor de escola pública pode!) 6. Seu funcionário pode "compensar" as faltas no trabalho com um "trabalhinho em cartolina" ou "uma redação de 30 linhas"? (professor de escola pública pode!) 7. Seus funcionários podem manter seus empregos sem nunca serem avaliados? (professor de escola pública pode!) 8. Seus funcionários podem ser "promovidos" mesmo tendo denúncias de baixo desempenho ou agressões físicas e morais no ambiente de trabalho? (professor de escola pública pode!) 9. Seus funcionários podem ter baixo desempenho sem nunca serem demitidos? (professor de escola pública pode!) 10. Seus funcionários podem receber bônus mesmo tendo faltado em metade dos dias de trabalho? (professor de escola pública pode!) 11. Seus funcionários podem se eximir das responsabilidades e culpar a tudo e a todos pelo baixo resultado de seus trabalhos? (professor de escola pública pode!) 12. Seus funcionários e gerentes podem descumprir normas, regulamentos e leis? (professor e diretor de escola pública podem!)"
Um comentário:
Aproveito o espaço para divulgar minha indignação. Agradeço também.
A PROFESSORA GLORIA QUE MERECE E HONRA O SEU NOME, PROTESTA EM SEU BLOG CONTRA O ARTIGO DO ANTONIO ERMIRIO.ESSA GRANDE EDUCADORA MERECE MEU APLAUSO E APOIO PELA CORAGEM E POR SUA HISTORIA DE LUTA PELA ESCOLA PÚBLICA.
"Blog da Gloria-Leopoldina-MG
Antônio Ermírio diplomou-se nos Estados Unidos, não confiava nas instituições educacionais brasileiras. Atualmente, para alunos pobres, acha a escola pública excelente e aponta os culpados pelo fracasso da educação no Brasil: os alunos
O famoso empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente do grupo Votorantim, formou-se engenheiro na Colorado School of Mines dos Estados Unidos. Por aí se vê, sendo oriundo de um país, onde apenas a metade dos alunos matriculados têm condições de terminar o Ensino Fundamental, esse brasileiro teve condições de fazer seu curso superior nos Estados Unidos. Sinal de que, no mínimo, não confiava nos mestres e nas instituições brasileiras, o que não tiro sua razão.
Uma vez formado, voltou para o Brasil e hoje é dono de um império que o coloca a anos luz de distância da realidade dos alunos de escola pública no país. E não é que, atualmente, o desertor da educação brasileira vive escrevendo artigos na Folha de São Paulo, acusando os alunos oriundos das classes populares de culpados pelo fracasso da nossa educação.
Interessante que, certamente, na sua época, ele não se achou culpado ao constatar a precariedade do nosso ensino e optar por estudar nos Estados Unidos. Não, a culpa era da escola brasileira e deu o fora. E agora, diante da infamante estatística de fracasso na escola pública, ele aponta seus valiosos dedos (que não devem dar conta de manusear o que tem nas contas bancárias) para nossos alunos e dá o veredito:
" A realidade no ensino médio é dramática.Os professores foram encurralados pelos adolescentes. Muitos têm medo de entrar na sala de aula por terem sofrido impropérios verbais e até agressões físicas. Na maioria das escolas, os alunos se organizam em bandos para ofender funcionários, professores e diretores e também para depredar as instalações".
A nova moda agora é o "medo dos professores", o medo que sentem de crianças e adolescentes. Realmente chegamos ao fundo do poço da incompetência. Que podemos esperar de professores que, em vez de outros sentimentos mais nobres, sentem medo dos seus alunos?
E o medo das crianças e adolescentes que são humilhados, discriminados e agredidos pelos professores? E aí, sim, com razão, afinal estão em total desvantagem neste campo de batalha que virou a escola. Diante dos conflitos, quem são os castigados? Quem são os que vão parar nas delegacias de polícia? Quem são os denegridos pela imprensa? Quem são os expulsos da escola? Já ouviram falar de algum professor expulso? Nunca. E alunos? Aos montes.
Então, façamos uma correção no texto do barão do cimento, certamente ele errou na digitação:
" A realidade no ensino médio é dramática.Os alunos foram encurralados pelos professores. Muitos têm medo de entrar na sala de aula por terem sofrido impropérios verbais e até agressões físicas. Na maioria das escolas, os professores se organizam em bandos para ofender alunos, pais e a comunidade e também para depredar as instalações, através do desleixo com a coisa pública".
Leiam outra análise sobre o malfadado artigo
Quem respondeu muito bem ao artigo intitulado "Lamentável" do Antonio Ermírio de Moraes, na Folha de São Paulo de hoje, foi Mauro A. Silva do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, do qual transcrevo um trecho da resposta. ( assinada por Mauro Alves da Silva e publicada no http://cremilda.blig.ig.com.br)
Pedindo "conselhos" ao capitão-do-cimento
O bilionário capitão-do-cimento deveria compartilhar sua receita de sucesso com todos os paulistas e brasileiros. Ele poderia explicar-nos como gerencia suas empresas nos seguintes aspectos:
1. Ele admite que um seu funcionário trabalhe numa empresa concorrente? (professor de escola pública pode!)
2. Seu funcionário pode faltar "dia sim, dia não" sem ser demitido? (professor de escola pública pode!)
3. Seus funcionários podem faltar 29 dias consecutivos sem serem demitidos? (professor de escola pública pode!)
4. Existe "hora vaga" nas suas empresas? (na escola pública existe "aula vaga")
5. Seus funcionários podem "enforcar" os dias úteis entre um feriado e o fim-de-semana"? (professor de escola pública pode!)
6. Seu funcionário pode "compensar" as faltas no trabalho com um "trabalhinho em cartolina" ou "uma redação de 30 linhas"? (professor de escola pública pode!)
7. Seus funcionários podem manter seus empregos sem nunca serem avaliados? (professor de escola pública pode!)
8. Seus funcionários podem ser "promovidos" mesmo tendo denúncias de baixo desempenho ou agressões físicas e morais no ambiente de trabalho? (professor de escola pública pode!)
9. Seus funcionários podem ter baixo desempenho sem nunca serem demitidos? (professor de escola pública pode!)
10. Seus funcionários podem receber bônus mesmo tendo faltado em metade dos dias de trabalho? (professor de escola pública pode!)
11. Seus funcionários podem se eximir das responsabilidades e culpar a tudo e a todos pelo baixo resultado de seus trabalhos? (professor de escola pública pode!)
12. Seus funcionários e gerentes podem descumprir normas, regulamentos e leis? (professor e diretor de escola pública podem!)"
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