Infância Urgente

terça-feira, 27 de maio de 2008

Em SP, melhor escola estadual no Enem está na 913ª posição

A Escola Pública de São Paulo, lembra muito o que ocorre com as unidades de internação para adolescente autor de ato infracional, a cada novo governo do PSDB apresentam-se plano mirabolantes para solucionar a situação e efetivamente é só golpe de Marketing, pois a fragilidade das propostas são visíveis.

O que os sucessivos governos não falam é que até hoje, passados 11 anos da LDBE(Lei de Diretrizes e Bases da Educação), não temos um Plano Estadual de Educação aprovado. O Plano simplesmente é o documento legal que planeja a educação, é o olhar politico da população de São Paulo sobre a educação.

Infelizmente as justificativas do governo, da Apeoesp e dos "especialistas", está longe de retratar a verdade!

ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A escola mais bem colocada ligada à Secretaria de Educação é a Professor Angelo Martino, em Ibitinga (347 km de SP), que está atrás de 849 particulares, 62 técnicas públicas (57 estaduais, 3 federais e 2 municipais) e da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação, ligada à USP e que figura na modesta 824ª colocação.

Clique aqui para conferir a classificação das escolas de São Paulo no Enem

A Folha teve acesso a uma planilha com as notas e a colocação de cada escola de São Paulo no Enem. Os colégios estaduais correspondem a 71% do universo avaliado. Dezenove pontos, numa escala de zero a cem, separam o melhor particular no exame, o Vértice (81,67), da Angelo Martino (62,46) --a Escola de Aplicação da USP teve 63,4.

A diferença entre ela e a pior estadual --a Shiguetoshi Yoshihara, em Presidente Epitácio (655 km de SP)-- é de quase um terço da prova, ou 28 pontos.

Foi considerada a média da redação e das questões de múltipla escolha, com a aplicação de um fator de correção --fórmula matemática para evitar que escolas com menor número de alunos que fizeram Enem tenham a nota distorcida.

Os resultados das escolas paulistas no exame mostram ainda, mais uma vez, o abismo entre a rede pública e a privada. Nenhum colégio estadual regular alcançou a média da rede privada (64,1) e 71% tiveram média no exame menor do que 50% --entre os particulares, o índice foi de 0,6%.

Mesmo na rede pública, o desempenho é desigual. Metade das escolas do Estado não alcançou a média nacional da rede pública, de 48,081 pontos.

Na avaliação do presidente do Inep (instituto de pesquisa ligado ao Ministério da Educação), Reynaldo Fernandes, o Enem não avalia a qualidade da escola, mas o desempenho dos alunos, que, disse ele, depende também do contexto socioeconômico e da experiência familiar. "Se você pegar a melhor escola privada e colocar os alunos da periferia, o desempenho será diferente", diz. "A comparação deve ser feita entre escolas com público semelhante."

Para Jorge Werthein, diretor-executivo da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, um dos fatores para o mau desempenho é o aumento do número de matrículas no Estado na última década, que levou à escola parcela da população que estava fora.

Para Carlos Ramiro, presidente da Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), não se pode ver os resultados do Enem como um "embate" entre a rede pública e a privada. Ele cita como prova disso o bom desempenho obtido pelos colégios técnicos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u405610.shtml

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