Infância Urgente

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Luta por Crehe



PREFEITURA ROMPE CONVÊNIO E DEIXA MAIS DE 1.400 CRIANÇAS FORA DA ESCOLA

Em que situação nos encontramos?

A Prefeitura de São Paulo, no início deste ano rompeu convênio com o Centro de Promoção Social São Caetano de Thiene, que gestava 1 Centro de Criança e Adolescente (CCA) e 7 Centros de Educação Infantil no distrito do Grajaú, afora 1 Centro de Educação Infantil no Marsilac e outro na Cupecê. São eles: Casa Amor e Carinho – Marco (150 crianças); Maria Fonseca Lago (64 crianças); Sonho do amanhã (120 crianças); Criança Cidadã (120 crianças); Ives Ota (315 crianças); Padre José Pegoraro (210 crianças); Casa Grande (200 crianças), todos esses no Grajaú, Dona Alexandrina (150 crianças), no Marsilac, e Beato Bocardo (64 crianças), em Americanópolis (Cupecê). Já o Centro de Criança e Adolescente atendia 90 crianças e adolescentes.

Com o rompimento desse convênio mais de 1.400 crianças ficaram fora da escola, muitas delas desde o final do ano passado. Essas crianças se somam as cerca de 5000 que estão na lista de espera, segundo o Conselho Tutelar do Grajaú.

Além disso, mais de duzentas funcionárias perderam seus empregos, depois de passar meses sem receber seus salários.

Diante dessa situação, muitas mães perderam o emprego por não ter onde deixar seus filhos e filhas e até agora não foram divulgados prazos para a resolução da questão.

O Conselho Tutelar do Grajaú foi acionado pelas mães e entrou com processo no Ministério Público. Este abriu um Inquérito Civil contra a Secretaria Municipal de Educação, exigindo um posicionamento, que ainda não veio.

As mães vêem participando de encontros no Fórum da Criança e Adolescente, em comum acordo com Conselho Tutelar, em busca de soluções para a realocação dessas crianças.

Muitas promessas foram feitas, mas nenhuma se concretizou até o momento. E para piorar, se até o mês de outubro as crianças não estiverem em atendimento, com a situação normalizada, elas correm o risco de ir para o final da lista de espera.

Surpreendentemente, segundo cadastro da Secretaria de Educação, todas as crianças que perderam suas vagas por conta do fechamento das creches encontram-se matriculadas, como se o problema não existisse. Com isso, elas ficam impossibilitadas de serem transferidas para vagas que se abrem noutras creches; ou seja, sua situação fica em suspenso, esperando uma posição definitiva por parte do poder público, que nunca vem.

Além disso, muitas crianças não estão recebendo a cota de leite a qual elas têm direito, pois essa distribuição depende da demanda que as unidades de educação infantil enviam mensalmente à Prefeitura. Mais a perda de um benefício que faz grande diferença na alimentação das crianças.

O que reivindicamos?

As mães das crianças que se encontram nessa situação exigem do poder público uma solução imediata para o problema. Nada justifica que se demore tanto tempo para garantir esse direito tão fundamental.

A resposta que queremos é uma só: que todas as crianças que estão fora das creches sejam imediatamente atendidas!

FÓRUM DCA DO GRAJAÚ

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Giva, sou Elânia, educadora do CEDECA Interlagos, moradora do Grajaú e membro do FDCA Regional do Grajaú.
Além dessa chamafda para a reunião do dia 21 também escrevemos uma carta-aberta e pedimos apoio de quem puder assinar conosco, ela está postada no blog www.forumdcagrajau.blogspot.com , se puder divulgá-la, agradecemos.

Abraços