Uma pesquisa encomendada pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência mostrou que, para os brasileiros, a família e o esforço pessoal são vistos como os principais garantidores dos direitos humanos. O Estado, com suas ações de governo, aparece em terceiro lugar no ranking. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.
O estudo foi realizado pela Criterium Avaliação de Políticas Públicas e coordenado pelo professor de sociologia da USP, Gustavo Venturi. Foram ouvidas 2.011 pessoas em 150 municípios do país no mês de agosto.
Do total de entrevistados, 43% disseram concordar totalmente ou em parte com a expressão "bandido bom é bando morto" e um terço afirma que os direitos dos presos devem ser respeitados. O dado contrasta com a opinião de que a vida é o mais importante dos direitos humanos.
"Quando a pessoa fala que o direito à vida é o mais importante, está pensando na vida dela", diz Venturi. Outros 34% defendem a tese de que "direitos humanos devem ser só para pessoas direitas".
Na avaliação de especialistas, os índices de violência explicam em boa parte essas reações. "Há uma situação de muito desespero, de forma que praticamente todas as políticas de combate à violência têm apoio da maioria, ainda que inspiradas em princípios contraditórios", diz Venturi.
Redação Terra
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