Um mês se passou do resultado da eleição municipal e a administração de Gilberto Kassab dá mostras à população de rua do centro de São Paulo do que será seu governo nos próximos quatro anos.
De acordo com Anderson Lopes, do Movimento Nacional da População de Rua, na madrugada de terça (25/11) para quarta-feira (26/11), no viaduto Dr. Lund, Glicério, aparatos de limpeza pública e de repressão da Prefeitura de São Paulo agiram em conjunto para expulsar do local cerca de 20 pessoas incluindo crianças e idosos.
A tática usada pela prefeitura é bem conhecida pelos moradores de rua. Primeiro entra em ação a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), lançando jato de água em tudo e em todos. Enquanto isso, os vários carros da Guarda Civil Metropolitana (GCM) fazem ronda, com o objetivo de intimidar e assustar as pessoas. Em seguida, entra em ação a GCM , levando colchões, roupas, todo tipo de pertences dos moradores, inclusive documentos.
Os moradores tentaram dialogar com os funcionários da prefeitura. Mas a resposta foi a mais óbvia possível: “estamos cumprindo ordens”. Uma denúncia relatando a ação foi encaminhada ao Ministério Público.
Outra operação ainda mais violenta da gestão Kassab aconteceu uma semana após o segundo turno das eleições municipais, em uma ação conjunta da Emurb, GCM e, desta vez, com o apoio da Polícia Militar.
As luzes da rua Líbero Badaró, na altura da sede da prefeitura, foram apagadas até o Largo São Francisco, onde cerca de 200 pessoas geralmente passam as noites. A Emurb utilizou jato de água. Logo após, na escuridão, instalou-se o pânico. A GCM e a PM passaram a agredir as pessoas, inclusive com o uso de bomba de efeito moral.
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