quarta-feira, 10 de março de 2010
Convite - lançamento de "O que resta da ditadura", de Edson Teles e Vladimir Safatle (orgs.)
O que resta da ditadura
a exceção brasileira
de Edson Teles e Vladimir Safatle (orgs.)
Debates
Quinta-feira, dia 18 de março
17h - Mesa 1: Por que a verdade precisa de uma comissão?
Com Edson Teles, Fábio Konder Comparato e Glenda Mezarobba
19h30 - Mesa 2: Políticas da verdade e da memória
Com Paulo Arantes, Paulo Vanucchi e Vladimir Safatle
USP – Auditório da História (FFLCH)
Rua do Lago, 717
São Paulo - SP
Noite de autógrafos
Sexta-feira, 19 de março
Entre 19h e 22h
Livraria da Vila
Alameda Lorena, 1731 (piso superior)
São Paulo - SP
'Quem controla o passado,
controla o futuro.' (George Orwell, 1984)
Bem lembrada pelo escritor norte-americano, na frase que serve de epígrafe ao livro, a importância do passado no processo histórico que determinará o porvir de uma nação. É justamente o que torna fundamental esta obra. Organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle, O que resta da ditadura reúne uma série de ensaios que esquadrinham o legado deixado pelo regime militar na estrutura jurídica, nas práticas políticas, na literatura, na violência institucionalizada e em outras esferas da vida social brasileira.
Fruto de um seminário realizado na Universidade de São Paulo (USP), em 2008, o livro reúne textos de escritores e intelectuais como Maria Rita Kehl, Jaime Ginzburg, Paulo Arantes e Ricardo Lísias, que buscam analisar o que permanece de mais perverso da ditadura no país hoje. Assim, o livro possui também um caráter de resistência à lógica de negação difundida por aqueles que buscam hoje ocultar o passado recente, seja ao abrandar, amenizar ou simplesmente esquecer este período da história brasileira.
Segundo Edson Teles e Vladimir Safatle, a palavra que melhor descreve esta herança indesejada é “violência” - medida não pela contagem de mortos deixados para trás, mas por meio das marcas encravadas no presente. Para os organizadores, “neste sentido, podemos dizer com toda a segurança: a ditadura brasileira foi a mais violenta que o ciclo negro latino-americano conheceu.
Ensaios e autores
Militares e anistia no Brasil: um dueto desarmônico
Paulo Ribeiro da Cunha
Relações civil-militares: o legado autoritário da Constituição brasileira de 1988
Jorge Zaverucha
“O direito constitucional passa, o direito administrativo permanece”: a persistência da estrutura administrativa de 1967
Gilberto Bercovici
Direito internacional dos direitos humanos e lei de anistia: o caso brasileiro
Flávia Piovesan
O processo de acerto de contas e a lógica do arbítrio
Glenda Mezarobba
Tortura e sintoma social
Maria Rita Kehl
Escritas da tortura
Jaime Ginzburg
As ciladas do trauma: considerações sobre história e poesia nos anos 1970
Beatriz de Moraes Vieira
O preço de uma reconciliação extorquida
Jeanne Marie Gagnebin
Brasil, a ausência significante política
Tales Ab’Sáber
A política do bloqueio, o bloqueio da política 1964, o ano que não terminou
Paulo Eduardo Arantes
Do uso da violência contra o Estado ilegal
Vladimir Safatle
Os familiares de mortos e desaparecidos políticos e a luta por “verdade e justiça” no Brasil
Janaína de Almeida Teles
Entre justiça e violência: estado de exceção nas democracias do Brasil e da África do Sul
Edson Teles
Dez fragmentos sobre a literatura contemporânea no Brasil e na Argentina ou de como os patetas sempre adoram o discurso do poder Ricardo Lísias
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