Curso em parceria com a Defensoria Pública Federal e Estadual
Público alvo: professores de ensino fundamental e médio, membros da Defensoria do Estado e da União, lideranças indígenas, estudantes....)
Carga horária: 36 h.
Dia e horário: às 6ª f., das 19 às 22h e aos sábados, das 9 às 13h
Datas: abril 23 e 24; maio 7, 8, 14, 15, 21 e 22.
Local: Anfiteatro da Defensoria Pública da União, rua Fernando de Albuquerque, 155 (perto da rua Bela Cintra, próximo à av. Paulista).
Inscrição: na Defensoria pelo tel. 3112-1278 (à tarde). Vagas limitadas
Objetivo do curso
Sensibilizar diversos segmentos de nossa sociedade para a riqueza e diversidade das culturas indígenas e nossa responsabilidade em defesa de seus direitos, para que se concretizem políticas públicas do Estado que visem sua defesa.
Proposta geral do curso
Dia 23/4 (6ª f. à noite)
- Abertura pela Defensoria
1. Desafios para o estudo da questão indígena na escola (Benedito Prezia/antropólogo e escritor, e Edson Kayapó/doutorando Educação-PUC)
Situar o desconhecimento das culturas indígenas, que dificulta da implementação de políticas públicas que lhes sejam favoráveis e o desafio de implementar a nova lei 11.435/2008, que exige que a história e cultura indígena sejam dadas nas escolas.
A partir do vídeo Brasil Indígena, cinco séculos de resistência (Imagem), levantar os seguintes pontos:
1.1 Abandonar o eurocentrismo, enfocando uma história a partir dos povos indígenas.
1.2 Abandonar o conceito de “descobrimento” do Brasil, mostrando o processo de conquista e extermínio dos povos indígenas.
1.3 Superar o estereótipo do indígena romântico e do indígena genérico, buscando conhecer as várias culturas e tradições indígenas.
1.1 Conhecer os episódios importantes da resistência indígena e conhecer os líderes e heróis indígenas, de ontem e de hoje: Ajuricaba, Sepé Tiaraju, Marçal Guarani, Xicão Xukuru...
1.2 Apresentar os povos indígenas hoje: diversidade cultural e população.
Dia 24/4 (sábado de manhã)
2. Conhecendo as várias culturas indígenas (Marcos Tupã/aldeia Krukutu e Profa. Niminon S. Pinheiro/UNIRP- Rio Preto)
2.1 Os povos da floresta
2.2 O povo Guarani
2.2.1 Hábitos, moradia, alimentação
2.2.2 Convivendo com a natureza
2.2.3 O Guarani no contexto urbano de São Paulo
2.2.4 Os povos indígenas do Oeste paulista
Dia 7/5 (6ª f. noite)
2.3 Os povos do cerrado – Xavante e Bororo (Jurandir Siridiwê Xavante/Ideti e Profa. Renate Vietler/USP)
2.3.1 Moradia
2.3.2 Alimentação
2.3.3 Convivendo com a natureza
2.4 Conhecendo os ritos
2.4.1 Os ritos de passagem, sua diversidade e importância
Dia 8/5 (sábado manhã)
2.5 Os indígenas do Nordeste e os povos resistentes (Renato Pankararé, Dora Pankararu/Associação SOS Pankararu e Beatriz Maestri/CIMI)
2.5.1 Uma outra maneira de ser indígena
2.5.2 As tradições mestiças (toré, a banda de pífano...)
2.5.3 Da aldeia à cidade (o processo migratório)
2.5.4 A presença destes indígenas em São Paulo
Dia 14/5 (6ª f. noite)
3. Utopias indígenas (Profa. Marília Godoy/Univ. São Marcos)
3.1 Terra mãe, terra sagrada
3.2 A economia de partilha e de reciprocidade
3.3 Festa, momento de solidariedade
3.4 Uma chefia assentada no serviço e no prestígio
3.5 O idoso, fonte de sabedoria
3.6 O respeito e o amor pela criança
3.7 A valorização do corpo
Dia 15/5 (sábado manhã)
4. A contribuição indígena para a cultura brasileira (Edson Kayapó/doutorando PUC, Daniel Munduruku/filósofo, escritor e Benedito Prezia, antropólogo e escritor)
4.1 A matriz tupi-guarani
4.2 A matriz cariri-sertaneja
4.3 A matriz amazônica
4.4 Culinária de raiz indígena do Leste e Sudeste
4.5 Culinária de raiz indígena na Amazônia
4.6 Nossa herança indígena (hábitos, temperamento)
4.7 O universo mítico indígena
4.7.1 Como trabalhar os mitos
4.7.2 Os heróis civilizadores (Maíra, Sumé)
4.7.3 As entidades guardiãs da natureza
4.7.4 Os novos escritores indígenas
4.8 Festas e músicas mestiças
4.8.1 A Festa Junina
4.8.2 A música sertaneja e o forró
Dia 21/5 (6ª f. noite)
5. Questão indígena uma questão política (Bel. Rejane Silva, Pankararu, Jerá Guarani/profa. Guarani da Aldeia Tenondé Porã e Profa. Lúcia Helena Rangel/antropóloga PUC-SP)
5.1 O novo estatuto dos povos indígenas
5.2 Por uma escola diferenciada
5.3 Terra é vida: a luta pela terra
Dia 22/5 (sábado manhã)
Painel introdutório pelos indígenas de São Paulo:
Avanir F. de Oliveira, Fulni-ô e membro do Conselho Estadual Indígena); Emerson de Oliveira Souza (Guarani Nhandeva e aluno do Programa Pindorama-PUC-SP); Pedro Macena (Guarani Mbyá – Aldeia Jaraguá) e Magna Gonçalves (povo Kaimbé).
-Apresentação da Defensoria da União
- Apresentação da Defensoria estadual
Um comentário:
a nova lei e 11.645 e não a lei 11.435/2008, que exige que a história e cultura indígena sejam dadas nas escolas.
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