Como combater a violência sem violar os direitos humanos? Esse será o tema central do VI Seminário Nacional de Psicologia e Direitos Humanos: nenhuma forma de violência vale a pena, que será aberto na noite de hoje (21) e encerra na terça-feira (23) em Brasília. Cerca de 400 psicólogos devem participar dos debates, que começam com uma homenagem pela luta em defesa dos direitos humanos indígenas na demarcação da Terra Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Três eixos vão nortear as discussões: violência institucional e violência nos locais de isolamento, intolerância às diversidades culturais, sexuais e raciais e criminalização dos movimentos sociais. A conferência de abertura será com o filósofo e sociólogo Edgar Morin, diretor emérito do Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS) da França, presidente da Associação do Pensamento Complexo e presidente do Institut International de Recherche, Politique de Civilisation. Também para este domingo está prevista uma apresentação artística indígena.Amanhã (22), para falar de violência institucional e nos presídios, estarão entre os palestrantes a socióloga Julita Lemgruber, ex-diretora do Departamento do Sistema Penitenciário e ex-ouvidora de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, e a advogada Maria Amélia Teles, diretora da União de Mulheres de São Paulo, coordenadora do projeto Promotoras Legais Populares e integrante do Conselho Consultivo do Centro Dandara. Na terça-feira, Gabriela Leite, socióloga, ex-prostituta, presidente da ONG DaVida e coordenadora da Daspu, grife criada com as prostitutas da região da Praça Tirandentes, no Rio de Janeiro, debaterá intolerância às diversidades culturais, sexuais e raciais. Participam da mesma mesa o doutor em sociologia Ronaldo Laurentino Sales, membro da Coordenação de Estudos Afro-Brasileiros da Fundação Joaquim Nabuco e o antropólogo social Alfredo Wagner, professor da Universidade Federal do Amazonas. O último debate será sobre criminalização dos direitos sociais, com a psicóloga Vera Vital Brasil, da equipe de assistência psicológica do Grupo Tortura Nunca Mais, Gilson Cardoso, coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, e Jacques Távora Alfonsin, da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos e professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Promovem o seminário a Comissão Nacional de Direitos Humanos e o Conselho Federal de Psicologia
Agência Brasil
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