GCMs são acusados de agredir menor
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
A Justiça apura denúncia de agressão ao que integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal) de Diadema agrediram o adolescente W.G.L., 16 anos. A família do jovem acusa os guardas de agirem de forma truculenta e abusar da autoridade para conter W., que conversava com alguns colegas no Parque do Paço, na Vila Mulford.
A agressão aconteceu no último dia 19, por volta das 15h, quando W. foi abordado por guardas que ficam em uma base da GCM próximo à Associação Cultural Comunitária Dom Décio Pereira, mantida pela Fundação Casa (ex-Febem). No dia seguinte, a juíza Claudia Maria Carbonari de Faria, responsável pela 1ª Vara da Infância e Juventude, do Fórum de Diadema, ouviu o adolescente e sua mãe e abriu processo. A primeira audiência está marcada para o dia 30 de abril, quando serão ouvidas as outras partes envolvidas.
De acordo com o adolescente, ele havia se dirigido até o local, onde está sob liberdade assistida, para passar por atendimento. "Venho todos os meses, desde outubro, para ser avaliado. Não estava fazendo nada que justifique a agressão que sofri. Quando os guardas mandaram levantar a camiseta e viram minha carteirinha, a coisa ficou pior. Eles me bateram muito. Saí correndo e fui chamar minha mãe", conta.
Ao ver a situação que o adolescente chegou, a dona de casa Lucia Benigna Leal, 32 anos, voltou à base da GCM em busca da carteirinha que os guardas haviam apreendido. "Começaram a me xingar. Disse que só queria o documento do meu filho. Quando eles perceberam que o W. estava comigo, foram para cima dele novamente. Ele correu para dentro da Associação e os guardas foram atrás", diz a mãe.
Funcionários da Associação confirmam a versão do adolescente. De acordo com um texto assinado por uma assistente social do local, o abuso de autoridade e a truculência também aconteceram dentro do prédio. A profissional descreve que, enquanto passava informações para a mãe de W., um grupo de pelo menos 20 guardas invadiram a Associação sem mandato judicial e arrastou o adolescente para fora da sala da equipe técnica.
Ainda de acordo com o texto, a assistente social e a mãe do adolescente tentaram impedir a agressão, mas também foram empurradas. "Estou revoltada com toda esta situação. Meu filho não fez nada para merecer apanhar tanto", desabafa Lucia.
A Prefeitura de Diadema informa, por meio de nota, que o fato foi relatado pela própria GCM ao comando da corporação, que acionou a Corregedoria Geral da Guarda para iniciar os procedimentos necessários para a apuração do caso.
A Secretaria de Defesa Social determinou o afastamento de dois GCMs envolvidos no caso até que o fato seja elucidado. Caso seja constatada qualquer irregularidade de conduta, serão aplicadas as devidas penalidades aos responsáveis.
fonte: http://setecidades.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=1&id=5730582&titulo=GCMs+sao+acusados+de+agredir+menor
Nenhum comentário:
Postar um comentário