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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Jovens realizam Ato em Defesa da Vida em frente à Prefeitura de São Paulo

Pelo terceiro ano consecutivo, jovens da periferia realizam protesto em memória ao episódio conhecido como crimes de maio, que vitimou 493 pessoas, maioria jovens

No mês em que volta à pauta do Senado a proposta de redução da maioridade penal, jovens de diversos cantos das periferias da cidade de São Paulo realizarão, no dia 20 de maio, as 18h00, em frente ao prédio sede da Prefeitura Viaduto do Chá, um Ato em defesa da Vida e em protesto às 493 mortes do episódio conhecido como Crimes de Maio, ocorrido em 2006, quando uma onda de ataques do crime organizado provocou uma guerra, vitimando sobretudo jovens (96,3% das vítimas eram pessoas entre 21 e 31 anos segundo o CREMESP).

Haverá um varal gigante no viaduto com 493 camisetas que lembram as vitimas, os jovens que morrem anonimamente na periferia e as propostas de mortes feitas para a juventude, como a redução da maioridade penal.

Parentes das vítimas, membros de organizações e movimentos sociais estarão no Ato. Espera-se também a presença de autoridades, que já foram informadas do Ato Público.

Uma carta aberta e um manifesto (disponibilizados em www.comunidadecidada.org.br) foram entregues a diversas autoridades do poder público (prefeito, governador, presidentes da assembléia legislativa e câmara municipal e todas as lideranças partidárias).

Flávio Munhoz, presidente da Comunidade Cidadã, umas das organizadoras do Ato, lembra que já se passaram três anos do episódio e nenhuma medida concreta foi adotada para impedir que o crime organizado recrute, como mão de obra barata, jovens da periferia como soldados desta guerra. De acordo com o Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), apenas 20 mortes foram esclarecidas, a maioria de agentes do Estado, como policiais e bombeiros. Até junho de 2007, outros 36 casos tinham sido arquivados.

O Ato Público é realizado pelo terceiro ano consecutivo. Em 2007, foram acesas 493 velas e pares de sapato, em frente à Prefeitura. E em 2008, 493 mini-caixões representaram um velório público dos direitos da juventude, relembrou as 493 vítimas e o descaso do Poder Público. Queremos que os outros casos também sejam apurados. Estamos cobrando respostas", disse Ariel de Castro Alves, secretário-geral do Condepe, que esteve presente no Ato, nos dois anos seguidos.

+ Informações:
Comunidade Cidadã

3535-6869 , 9261-3867, 5662-8793

cidadania@comunidadecidada.org.br

Carta aberta e manifesto: www.comunidadecidada.org.br

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