Infância Urgente

terça-feira, 19 de maio de 2009

PF prende dez em flagrante com imagens de pedofilia no Orkut

Operação Turko cumpriu mandados em 20 Estados e no Distrito Federal

JOHANNA NUBLAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dez pessoas foram presas em flagrante, ontem, com imagens de pornografia infantil durante operação da Polícia Federal que investiga o uso da rede de relacionamentos Orkut para troca desse tipo de material. É a primeira operação brasileira que combate a pornografia infantil em redes como esta.
As fotos, de perfis do Orkut, mostram crianças de até 12 anos em situações de abuso, com adultos ou outras crianças. Parte delas é estrangeira e parte é brasileira. O Brasil está entre os quatro países que mais consomem o material, diz a PF.
A investigação se baseou nos primeiros dados com imagens de teor pedófilo fornecidos pela Google Brasil, após quebra de sigilo pela CPI da Pedofilia.
A Operação Turko (mesmas letras da palavra Orkut) cumpriu 92 mandados de busca e apreensão em 20 Estados e no Distrito Federal. Foram cinco prisões em SP, duas no RS, uma no ES, uma na PB e uma em PE.
Os dez presos foram encontrados com material de pedofilia em varredura superficial da PF nos computadores. Outras pessoas ainda podem ser presas após análise detalhada.
A investigação envolve dois crimes: 1) divulgação do material na internet, com pena de três a seis anos de prisão e multa; 2) posse do material, com pena de um a quatro anos -este passou a ser crime em 2008, com projeto de lei da CPI.
A investigação só considerou denúncias feitas até março de 2008. Outros 18.331 perfis estão em análise e vão desencadear novas operações, segundo o procurador do Ministério Público de SP Sérgio Suiama.
A investigação foi feita em conjunto com a promotoria paulista, a ONG Safernet, autora das denúncias, e a CPI da Pedofilia do Senado. Em abril de 2008, a comissão obrigou a Google a fornecer dados de 3.265 perfis denunciados por usuários por pornografia infantil. Desses, 805 tinham realmente material impróprio.
A Google Brasil informou que apoia a investigação e que a entrega de dados é sempre feita após pedido judicial.

Fonte:FSP

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