Infância Urgente

domingo, 14 de junho de 2009

GOVERNO EMPRESTA AO FMI DINHEIRO QUE CORTA DAS ÁREAS SOCIAIS



O governo emprestará US$ 10 bilhões ao FMI, comprando parte dos US$ 500 bilhões em títulos desta instituição, que serão emitidos para permitir que o Fundo possa continuar emprestando e impondo aos países as suas políticas que se mostraram falidas pela crise global, como as privatizações e os cortes de gastos sociais. Portanto, ser credor do Fundo significa pegar os recursos que faltam às urgentes demandas sociais brasileiras para aplicar e fortalecer as políticas comprovadamente equivocadas do FMI. Por isso, ser credor do Fundo é a pior medida possível para enfrentar a crise. O Fundo estava à beira da falência antes da crise, e o Brasil está cumprindo o vergonhoso papel de ressuscitar esta Instituição.

Na realidade, o governo já havia anunciado que emprestaria ao FMI, mas não havia divulgado o montante desse empréstimo.

Esse anúncio de destinação de US$ 10 bilhões ao FMI chega a ser uma infâmia, justamente quando o Brasil se encontra em recessão técnica, configurada pela queda do PIB também no 1º. trimestre de 2009, com sérios cortes de gastos sociais, queda da arrecadação tributária, sérios problemas sociais nos municípios, agravados por enchentes e estiagens, estudantes protestando em vários estados por melhorias na Educação, a saúde pública em péssima qualidade, a Reforma Agrária impedida de andar por falta de recursos, aposentados com seus reajustes mínimos vetados, funcionários públicos com seus reajustes ameaçados, dentre muitos outros problemas.

Enquanto a população enfrenta todas as facetas da recessão, os gastos com a dívida continuam sendo a primeira prioridade: de janeiro até 7 de maio, a dívida pública consumiu nada menos que R$ 81,5 bilhões do orçamento federal, o que significa 5 vezes o que foi gasto com saúde, 10 vezes o que se gastou com educação, 8 vezes o que se gastou com Assistência Social, 35 vezes o que se gastou com agricultura, ou 168 vezes o que se gastou com Reforma Agrária.

Esta situação de “credor” do FMI também não nos livra das imposições do Fundo, cujo receituário já foi incorporado à agenda governamental, como a produção de superávit primário em detrimento das necessidades sociais; manutenção das altas taxas de juros apesar da recessão, cortes de gastos sociais, manutenção da liberdade de capitais apesar dos ataques especulativos que garantem os bilhões de lucros aos bancos, dentre outros privilégios ao setor financeiro. Apesar do FMI e dos seus novos financiadores – como o Brasil – afirmarem que a nova linha de empréstimos do Fundo não contém as conhecidas imposições de política econômica (como o superávit primário, por exemplo), tal linha somente pode ser concedida aos países que praticam tais políticas.

Em todas as votações no Congresso, a base do governo tem demonstrado sua subserviência ao endividamento público e às políticas do FMI: já se recusou a aumentar os recursos da saúde na regulamentação da Emenda Constitucional 29; se nega a aprovar os projetos que acabam com o fator previdenciário e recuperam o valor das aposentadorias; se recusa a derrubar o veto do Presidente Lula ao reajuste dos aposentados concedido pelo Congresso em 2006; não recompõe adequadamente os recursos perdidos na crise pelos estados e municípios; se recusa a parar de desviar por meio da DRU os recursos da Educação. Ao mesmo tempo, esta mesma base do governo aprova as Medidas Provisórias 435 e 450, que já desviaram nada menos que R$ 50 bilhões de recursos vinculados legalmente a áreas estratégicas para pagar a dívida pública.

É importante relembrar também que essa mesma base do governo no Congresso aprovou as reformas do FMI: Reforma da Previdência (que tirou direitos históricos dos aposentados), a Reforma Tributária (para manter a DRU e a CPMF, instrumentos utilizados para garantir o pagamento da dívida), a Lei de Falências (que deu prioridade aos credores financeiros e colocou os direitos dos trabalhadores das empresas falidas em segundo plano), e agora quer aprovar o nefasto projeto das Fundações Estatais, que significa a privatização da saúde e de vários outros serviços públicos fundamentais.

Ou seja: esses são importantes exemplos de que o Brasil vive uma séria crise da dívida e que permanece submisso ao FMI.

Ser agora “credor” do FMI significará, adicionalmente, prejuízo financeiro ao país, uma vez que os títulos do FMI (que renderão somente 0,46% ao ano) serão comprados pelo Banco Central com os dólares das reservas cambiais, que são adquiridos às custas de mais endividamento interno, que atualmente paga 9,25% ao ano.

A dívida pública continua sendo o centro dos problemas nacionais e uma das principais causas do desrespeito aos direitos humanos que presenciamos diariamente em nosso País, onde é negado o direito básico a saúde, educação de qualidade, aposentadoria digna, dentre tantos outros direitos sistemática e diariamente negados aos que mais necessitam.

Por tudo isso, repudiamos veementemente o empréstimo de 10 bilhões de dólares ao FMI.


Brasília, 12 de junho de 2009
Coordenação da Auditoria Cidadã da Dívida

www.divida-auditoriacidada.org.br

Um comentário:

cremilda estella teixeira disse...

2009 13:49

GABRIEL, O PRENSADOR, PARA PRA PENSAR , PRENSADOR.

GABRIEL BENEDICTO ISAAC CHALITA, foi chamado pelo Jornal Estadão de Gabriel o Prensador. Foi o secretário de Educação de São Paulo, que lançava um livro por semana. Dava palestras sempre, dono de uma boa aparência e de excelente oratória, arracava suspiros e gritinhos histéricos da plateia de professoras, casadoiras que veriam na bela figura um noivo em potencial...Prensador continuava escrevendo frenéticamente e se apresentando em vários lugares.
Enquanto isso a qualidade do ensino ia por água abaixo e só num ano fecharam 300 escolas em São Paulo.Fato que desagradou até a Apeoesp, pois o fechamento das escolas significava menos emprego para as professoras.
Mandava professoras fora do país para que se apoderassem de outras culturas. Era França, Japão, Espanha e Londres.N Inglaterra elas ficaram dois anos.Ele ia depois para conferir que suas apaniguadas estavam bem.
Quem levava a sério a função de escrever, contestava a qualidade de seus livros, escritos em uma semana,até que o Estadão fez um reportágem criticando esses seus livros escritos em espaço record.
O nome da matéria era.GABRIEL O PRENSADOR.
Esse prensador, esmagou a escola pública como se fosse um trator
Agora o Prensador é vereador, fica muito mais vulnerável do que quando era Secretário Fantasma.Mais exposto.
Seu primeiro Projeto é o Projeto Sacanagem( PL 69) onde, na pedagogia do desafeto pretende que as escolas façam uma lista negra de alunos com a desculpa de prevenir o bulliyng.
Acontece que o objetivo não parece só o de excluir, e tarjar alunos.
O artigo quarto do Projeto Sacanagem, pretende que as escolas escolhidas por ter mais alunos fichados, promova palestras, receba cartilhas e orientações de como trabalhar a violência nas escolas.
Esse vereador, imagina que ninguém vai perceber que ele se candidataria para ministrar essas palestras?
Acha que ninguém descobriu o tem também embutido nesse projeto? O nosso ex-secretário desatroso e lambão, deveria vender suas literaturas medíocres escritas com a velocidade da fajutagem amparada pela impunidade e pela corrupção das escolas públicas?
Está na cara....
Resta então recomendar ao
GABRIEL, O PRENSADOR...PARA PRA PENSAR, prensador